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Please use this identifier to cite or link to this item: https://tede.unioeste.br/handle/tede/7948
Tipo do documento: Dissertação
Title: Pobreza no Brasil: proporção, intensidade e fatores determinantes nas Unidades da Federação entre 2012 e 2023
Other Titles: Poverty in Brazil: proportion, intensity, and determinant factors across the Federative Units from 2012 to 2023
Autor: Nieto, Marcieli Ferreira da Fonseca 
Primeiro orientador: Lima, Jandir Ferrera de
Primeiro membro da banca: Bezerra, Fernanda Mendes
Segundo membro da banca: Carnevale, Rafaela Maria Graciano
Terceiro membro da banca: Lima, Jandir Ferrera de
Resumo: A evolução da pobreza no Brasil tem sido marcada por períodos de progresso e retrocesso, evidenciando os desafios persistentes para sua superação. Diante disso, esta pesquisa teve como objetivo analisar a evolução da pobreza no país, entre 2012 e 2023, com foco nas Unidades da Federação, adotando a renda como critério para definição e mensuração da pobreza. Considerou-se como pobre o indivíduo cuja renda domiciliar per capita fosse inferior a meio salário-mínimo. Para a estimativa da incidência e intensidade da pobreza, foi utilizado o índice de Foster, Greer e Thorbecke (FGT), além de um modelo econométrico para dados em painel, visando identificar os fatores determinantes do fenômeno. As análises foram realizadas com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual (PNAD Contínua). Os resultados evidenciaram um forte componente regional da pobreza no Brasil, sendo mais elevada nas Unidades da Federação das Regiões Norte e Nordeste. O Maranhão se destacou como o estado com a maior taxa de pobreza e a menor renda domiciliar per capita do país, situando-se mais de 50% abaixo da média nacional. Em contraste, Santa Catarina mantevese com os menores indicadores de pobreza, destacando-se pela menor desigualdade de renda entre as Unidades da Federação e uma renda domiciliar per capita acima da média nacional durante todo o período analisado. Entre 2012 e 2023, os indicadores de pobreza oscilaram significativamente, com 2021 sendo o ano mais crítico, quando todas as Unidades da Federação registraram aumento simultâneo da pobreza. Contudo, verificou-se que essas oscilações não ocorreram de maneira homogênea entre os estados, refletindo as dinâmicas socioeconômicas regionais distintas. O modelo econométrico estimado, com a proporção de pobres como variável dependente, revelou que variáveis como os anos de estudo da população adulta, a proporção de indivíduos brancos e a proporção da população ocupada foram estatisticamente significativas e apresentaram relação negativa com a pobreza, indicando que o aumento desses fatores está associado à redução da pobreza. A forte relação entre a proporção da população ocupada e a redução da pobreza reforçou o impacto da inserção no mercado de trabalho na melhoria das condições de vida da população. Os achados comprovaram a hipótese da pesquisa, demonstrando que as diferenças nos níveis de pobreza entre as Unidades da Federação, no período analisado, foram influenciadas por variações nas condições de escolaridade, na inserção no mercado de trabalho e na desigualdade de renda, sendo essas variáveis determinantes para a magnitude das oscilações regionais da pobreza. A análise demonstrou que os estados com maior nível educacional, maior participação no mercado de trabalho, menor desigualdade de renda, além de maior renda domiciliar per capita e aumentos constantes dessa renda ao longo do tempo, apresentaram menores taxas de pobreza e um desempenho mais expressivo na redução do fenômeno.
Abstract: The evolution of poverty in Brazil has been marked by periods of progress and setbacks, highlighting that its eradication remains a significant challenge for the country. In this context, this research aimed to analyze the dynamics of poverty in Brazil between 2012 and 2023, focusing on the Federative Units, using income as the criterion for defining and measuring poverty. An individual was considered poor if their per capita household income was below half (1/2) the minimum wage. To achieve this, the Foster, Greer, and Thorbecke (FGT) index was employed to estimate the incidence and intensity of poverty, along with an econometric panel data model to identify the determining factors of the phenomenon. Analyses were conducted based on microdata from the Continuous National Household Sample Survey (PNAD Contínua). The main results revealed a strong regional component of poverty in Brazil, being higher in the Federative Units of the North and Northeast regions. Maranhão stood out as the state with the highest poverty rate throughout the period, also presenting the lowest per capita household income in the country, more than 50% below the national average. In contrast, Santa Catarina maintained the lowest poverty indicators, recording the least income inequality among the Federative Units and a per capita household income above the national average during the entire analyzed period. Between 2012 and 2023, poverty indicators fluctuated significantly, with 2021 standing out as the most critical year, when all Federative Units simultaneously recorded an increase in poverty. However, these fluctuations did not occur homogeneously among the states, reflecting distinct regional socioeconomic dynamics. The estimated econometric model, with the proportion of poor individuals as the dependent variable, revealed that the years of schooling of the adult population, the urbanization rate, the proportion of white individuals, and the proportion of the employed population were statistically significant and negatively related to poverty, indicating that increases in these factors are associated with its reduction. Notably, there is a strong relationship between the proportion of the employed population and the reduction of poverty, reinforcing the significant impact of labor market integration on improving the population's living conditions. The findings confirmed the research hypothesis, demonstrating that differences in poverty levels among the Federative Units during the analyzed period were influenced by variations in educational attainment, labor market participation, and income inequality. These variables were decisive in shaping the magnitude of regional poverty fluctuations. The analysis showed that states with higher educational levels, greater labor market inclusion, lower income inequality, and higher or steadily increasing per capita household incomes exhibited lower poverty rates and more significant progress in poverty reduction.
Keywords: Bem-estar social
Desenvolvimento socioeconômico
Economia regional
Pobreza
Renda
Social welfare
Socioeconomic development
Regional economy
Poverty
Income
CNPq areas: CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA
Idioma: por
País: Brasil
Publisher: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Sigla da instituição: UNIOESTE
Departamento: Centro de Ciências Sociais Aplicadas
Program: Programa de Pós-Graduação em Economia
Campun: Toledo
Citation: NIETO, Marcieli Ferreira da Fonseca. Pobreza no Brasil: proporção, intensidade e fatores determinantes nas Unidades da Federação entre 2012 e 2023. 2025. 88 f. Dissertação (Mestrado em Economia) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Toledo, 2025.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: https://tede.unioeste.br/handle/tede/7948
Issue Date: 15-May-2025
Appears in Collections:Mestrado em Economia (TOL)

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