Share |
![]() ![]() |
Please use this identifier to cite or link to this item:
https://tede.unioeste.br/handle/tede/7445
Tipo do documento: | Dissertação |
Title: | Absenteísmo, presenteísmo e transtornos mentais comuns: o fundo de cena da enfermagem na saúde pública em região de fronteira |
Other Titles: | Absenteeism, presenteeism and common mental disorders: the background of nursing in public health in a border region Absentismo, presentismo y trastornos mentales comunes: el trasfondo de la enfermería en salud pública en una región fronteriza |
Autor: | Padovani, Edson Edvaldo ![]() |
Primeiro orientador: | Ferreira, Helder |
Primeiro membro da banca: | Arcoverde, Marcos Augusto Moraes |
Segundo membro da banca: | Benito, Gladys Amelia Velez |
Resumo: | Este trabalho se faz pioneiro ao abordar três aspectos como fenômeno pouco explorado, que sutilmente se torna corriqueiro, sendo moldado como normal no labor dos profissionais de enfermagem. As publicações existentes apontam uma prevalência de transtornos mentais comuns, absenteísmo e presenteísmo nos enfermeiros. Na literatura encontramos queixas de intensos desconfortos na sensação de medo, insegurança, irritabilidade e um grande desânimo, ou seja, um sofrimento subjetivo e significativo. O comprometimento da qualidade laboral sofre alterações, ora por uma demanda excessiva e de remuneração baixa, ora por problemas de saúde de várias causas. Isso afeta o ambiente de trabalho acarretando perdas na produtividade e implicações na condição de saúde dos trabalhadores. O estudo objetivou verificar a presença do absenteísmo, presenteísmo, e transtornos mentais comuns nos enfermeiros que atuam nas unidades básica de saúde, em Foz do Iguaçu. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, correlacional e de abordagem quantitativa, realizado por meio da quantificação, no uso de técnicas estátisticas. O cenário é um município de fronteira trinacional, composta por Brasil, Paraguai e Argentina. Participaram 65 (67%), de 97 enfermeiros atuantes nas 29 Unidades Básicas de Saúde, os quais responderam a instrumentos como a escala Stanford Presenteeism Scale - 6 (SPS-6) para mensurar o presentísmo, e o questionário Depression, Anxiety and Stress Scale-21 (DASS 21) para mensurar os transtornos mentais. Para o índice de absenteísmo, o levantamento das informações foi verificado nos bancos de dados do setor de Recursos Humanos e da Diretoria de Saúde Ocupacional (DISO), da autarquia municipal de Foz do Iguaçu/PR. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Estadual do Oeste do Parana. Os dados coletados nos instrumentos foram digitados em uma planilha do programa Microsoft Office Excel 2010®. Para relacionar os transtornos mentais comuns, absenteísmo e presenteismo, utilizaram-se o teste Qui-quadrado e correlação de Pearson, adotando-se o nível de significância α= 0,05. O resultado apontou um pequeno grupo dentro da normalidade (estresse 38,5%, ansiedade 35,4% e depressão 41,5%). Constatou-se: 40 (61,5%) enfermeiros com estresse; 42 (64,6%) com ansiedade patológica e 38 (58,4%) com episódios depressivos. Verificou-se a existência de correlação positiva forte entre as três subescalas do instrumento DASS-21, com p<0,05. A correlação entre estresse e ansiedade foi 0,728 (Ic 0,59:0,83); entre estresse e depressão 0,786 (Ic 0,67;0,88) e entre ansiedade e depressão 0,768 (Ic 0,64; 0,85). Observou-se um alto presenteísmo e melhor desempenho no trabalho, 63,1% com score maior que 18, enquanto 36,9% tiveram score menor ou igual a 18, representando baixo presenteísmo. O absenteísmo dos últimos cinco anos resultou em 126 atestados, com a maior média de 152,1 dias perdidos em 2020. O estudo destacou uma alta taxa de transtornos mentais comuns entre os enfermeiros. Os dados sugerem que horas produtivas são perdidas devido ao presenteísmo dos participantes. Em relação ao absenteísmo, a pesquisa conclui uma defasagem laboral. A conclusão é a de que existe uma necessidade de ações basilares junto às políticas públicas, direcionadas à prevenção e aos cuidados da saúde física e mental dos enfermeiros. |
Abstract: | This work is a pioneer in approaching three aspects as a little-explored issues, which subtly become commonplace, being molded as normal in the work of nursing professionals. Existing publications point to a prevalence of common mental disorders, absenteeism and presenteeism among nurses. In the literature we find complaints of intense discomfort in the sense of fear, insecurity, irritability and great discouragement, in other words, significant subjective suffering. The quality of work is compromised, either by excessive demand and low pay, or by health problems of various causes. This affects the work environment, leading to losses in productivity
and implications for workers' health. The study aimed to verify the presence of absenteeism, presenteeism and common mental disorders among nurses working in basic health units in Foz do Iguaçu. This is a cross-sectional, descriptive, correlational study with a quantitative approach, was carried out using quantification and statistical techniques. The setting is a trinational border municipality made up of Brazil, Paraguay and Argentina. From the 97 nurses working in the 29 Basic Health Units, 65 (67%) took part. They answered instruments such as the Stanford Presenteeism Scale - 6 (SPS-6) to measure presenteeism; and the Depression, Anxiety and Stress Scale-21 (DASS 21) questionnaire to measure mental disorders. For the absenteeism index, information was collected from the databases of the Human Resources sector and the Occupational Health Directorate (DISO) of Foz do Iguaçu-PR municipal authority. The research was approved by the Human Research Ethics Committee of the State University of Western Paraná. The data collected from the instruments was entered into a Microsoft Office Excel 2010® spreadsheet. The chi-square test and Pearson's correlation were used to relate common mental disorders, absenteeism and presenteeism, adopting a significance level of α= 0.05. The results showed a small group within the normal range (stress 38.5%, anxiety 35.4% and depression 41.5%). There were 40 (61.5%) nurses with stress, 42 (64.6%) with pathological anxiety and 38 (58.4%) with depressive episodes. There was a strong positive correlation between the three sub-scales of the DASS-21 instrument, with p<0.05. The
correlation between stress and anxiety was 0.728 (Ic 0.59:0.83); between stress and depression 0.786 (Ic 0.67;0.88) and between anxiety and depression 0.768 (Ic 0.64; 0.85). High presenteeism and better work performance were observed, with 63.1% having a score greater than 18, while 36.9% had a score less than or equal to 18, representing low presenteeism. Absenteeism over the last five years amounted to 126 certificates, with highest average of 152.1 days lost in 2020. The study highlighted a high rate of common mental disorders among nurses. The data suggests that productive hours are lost due to the presenteeistic behavior of the participants. In relation to absenteeism, the research noted a work gap. The conclusion is that there is a need for basic actions in public policies aimed at preventing and caring for the physical and mental health of nursing workers. Este trabajo es pionero en abordar tres aspectos como un fenómeno poco explorado, que sutilmente se convierte en habitual, moldeándose como normal en el trabajo de los profesionales de enfermería. Las publicaciones existentes apuntan a una prevalencia de trastornos mentales comunes, absentismo y presentismo entre los enfermeros. En la literatura encontramos quejas de malestar intenso en el sentido de miedo, inseguridad, irritabilidad y gran desánimo, es decir, un sufrimiento subjetivo significativo. La calidad del trabajo se ve comprometida, bien por la excesiva exigencia y la baja remuneración, bien por problemas de salud de diversas causas. Esto afecta al ambiente de trabajo, lo que conlleva pérdidas de productividad e implicaciones para la salud de los trabajadores. El estudio tuvo como objetivo verificar la existencia de absentismo, presentismo y trastornos mentales comunes entre enfermeros que trabajan en Unidades Básicas de Salud en Foz do Iguaçu. Se trata de un estudio transversal, descriptivo, correlacional, con abordaje cuantitativo, que se realizó mediante técnicas de cuantificación y estadística. El escenario es un municipio fronterizo trinacional formado por Brasil, Paraguay y Argentina. Participaron 65 (67%) de los 97 enfermeros que trabajan en las 29 Unidades Básicas de Salud, que respondieron a instrumentos como la escala Stanford Presenteeism Scale - 6 (SPS-6) para medir el presentismo, y el cuestionario Depression, Anxiety and Stress Scale-21 (DASS 21) para medir los trastornos mentales. Para el índice de absentismo, las informaciones fueron recogidas de las bases de datos del sector de Recursos Humanos y de la Dirección de Salud Ocupacional (DISO) de la autarquía municipal de Foz do Iguaçu-PR. La investigación fue aprobada por el Comité de Ética en Investigación Humana de la Universidad Estadual del Oeste del Paraná. Los datos recogidos de los instrumentos fueron introducidos en una hoja de cálculo de Microsoft Office Excel 2010®. Se utilizó la prueba de Chi-cuadrado y la correlación de Pearson para relacionar los trastornos mentales comunes, el absentismo y el presentismo, con un nivel de significación de α= 0,05. Los resultados mostraron un pequeño grupo dentro del rango normal (estrés 38,5%, ansiedad 35,4% y depresión 41,5%). Había 40 (61,5%) enfermeros con estrés, 42 (64,6%) con ansiedad patológica y 38 (58,4%) con episodios depresivos. Hubo una fuerte correlación positiva entre las tres subescalas del instrumento DASS-21, con p<0,05. La correlación entre estrés y ansiedad fue de 0,728 (Ic 0,59:0,83); entre estrés y depresión 0,786 (Ic 0,67;0,88) y entre ansiedad y depresión 0,768 (Ic 0,64; 0,85). Se observó un alto presentismo y un mejor rendimiento laboral, ya que el 63,1% tenía una puntuación superior a 18, mientras que el 36,9% tenía una puntuación inferior o igual a 18, lo que representaba un bajo presentismo. El absentismo en los últimos cinco años ascendió a 126 certificados, con una media máxima de 152,1 días perdidos en 2020. El estudio subrayó una alta tasa de trastornos mentales comunes entre los enfermeros. Los dados sugieren que se pierden horas productivas por el presentismo de los participantes. Con relación al absentismo, la investigación observa un desfase laboral. Se concluye la necesidad de acciones basilares junto a políticas públicas, dirigidas hacia la prevención y cuidados de la salud física y mental de los enfermeros. |
Keywords: | Enfermeiros Absenteísmo Presenteísmo Transtornos mentais comuns Nurses Absenteeism Presenteeism Common mental disorders Enfermeros Absentismo Presentismo Trastornos mentales comunes |
CNPq areas: | CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Publisher: | Universidade Estadual do Oeste do Paraná |
Sigla da instituição: | UNIOESTE |
Departamento: | Centro de Educação Letras e Saúde |
Program: | Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira |
Campun: | Foz do Iguaçu |
Citation: | Padovani, Edson Edvaldo. Absenteísmo, presenteísmo e transtornos mentais comuns: o fundo de cena da enfermagem na saúde pública em região de fronteira. 2024. 74 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Foz do Iguaçu - PR. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Endereço da licença: | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ |
URI: | https://tede.unioeste.br/handle/tede/7445 |
Issue Date: | 26-Aug-2024 |
Appears in Collections: | Mestrado em Saúde Pública em Região de Fronteira (FOZ) |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
Edson_Edvaldo_Padovani_2024.pdf | Documento principal | 1.73 MB | Adobe PDF | View/Open Preview |
Items in TEDE are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.