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https://tede.unioeste.br/handle/tede/6113
Tipo do documento: | Tese |
Title: | Retratos literários do Paraná – do clássico ao contemporâneo: uma trajetória do romance histórico paranaense |
Other Titles: | Retratos literarios de Paraná - del clásico al contemporáneo: una trayectoria de la novela histórica de Paraná |
Autor: | Cella, Thiana Nunes |
Primeiro orientador: | Fleck , Gilmei Francisco |
Primeiro coorientador: | Cerdeira , Phelipe de Lima |
Primeiro membro da banca: | Almeida, Carlos Henrique Lopes de |
Segundo membro da banca: | Corbari, Clarice Cristina |
Terceiro membro da banca: | Silva, Luiza Helena Oliveira da |
Quarto membro da banca: | Alves, Maria da Penha Casado |
Resumo: | Fundamentada nos pressupostos da literatura comparada, pautada nas intrínsecas relações entre história e ficção e na trajetória do gênero romance histórico, esta tese estabelece uma trajetória possível do romance histórico paranaense e averigua como tal escrita híbrida se comportou, diacronicamente, frente ao discurso histórico tradicional. Assim, demonstramos como as narrativas híbridas de história e ficção paranaenses podem configurar-se como uma via à decolonização, premissa do Grupo de Pesquisa “Ressignificações do passado na América: processos de leitura, escrita e tradução de gêneros híbridos de história e ficção – vias para a descolonização”, ao qual esta tese se vincula. Esta pesquisa caracteriza-se como bibliográfica crítica e analítica, com caráter qualitativo. Nela, delimitamos a trajetória do romance histórico desde sua instalação na Europa, no início do século XIX, cotejamos sua transposição à América Latina – pontualmente, no Brasil – e abordamos as tendências mais recentes do gênero. Essa trajetória é, então, contraposta ao percurso do gênero no Estado do Paraná. Nesse exercício, abordamos seu exórdio por meio do romance histórico clássico scottiano, discutido nos estudos de Lukács ([1937], 2011), sua transição ao romance histórico tradicional (INDURÁIN, 1995; MÁRQUEZ RODRÍGUEZ, 1996) e suas recorrências na América, espaço no qual se implementou sua fase crítica/desconstrucionista. Essa é a geradora das modalidades do novo romance histórico latino-americano (AÍNSA, 1991; MENTON, 1993; FLECK, 2017) e da metaficção historiográfica (HUTCHEON, 1991, 2013; FLECK, 2017), próprias do boom da literatura latino-americana. Tais enfrentamentos acomodaram-se, no pós-boom, às tendências conciliadoras do romance histórico contemporâneo de mediação (FLECK, 2017; KLOCK, 2021). Na sequência, partimos à compilação dos romances históricos paranaenses, à verificação de suas temáticas recorrentes e principais representantes, bem como à sondagem de seu status quo em face aos estudos já realizados sobre os 37 títulos paranaenses identificados. Por fim, com a intenção de demonstrar como ocorre, efetivamente, o percurso do romance histórico paranaense, apresentamos as análises de seis narrativas representativas das três fases delimitadas por Fleck (2017): acrítica, crítica/desconstrucionista e a crítica/mediadora. As quais são materializadas nas escritas dos romances O drama da fazenda Fortaleza (1941), de David Carneiro, e Origens (1961), de Pompília Lopes dos Santos, referentes à fase acrítica; Guayrá (2017), de Marco Aurélio Cremasco, e O herói provisório (2017), de Etel Frota, integrantes da fase crítica/desconstrucionista; Terra vermelha (1998), de Domingos Pellegrini, e Um amor anarquista (2005), de Miguel Sanches Neto, da fase mediadora. A partir destas análises, além de traçar a trajetória do romance histórico no estado, evidenciamos sua pluralidade e capacidade de ressignificar a historiografia tradicional, atuando como elemento ativo no processo de decolonização. |
Abstract: | Con fundamento en los supuestos de la literatura comparada, basada en las relaciones intrínsecas entre la historia y ficción y en la trayectoria del género novela histórica, esta tesis establece la trayectoria de la novela histórica paranaense y averigua cómo esta se comportó, diacrónicamente, frente al discurso histórico oficial. De esta manera, demostramos cómo las narrativas híbridas de historia y ficción paranaenses pueden consolidarse como una vía para la decolonización, premisa del Grupo de investigaciones “Ressignificações do passado na América: processos de leitura, escrita e tradução de gêneros híbridos de história e ficção – vias para a descolonização”, al cual se vincula esta tesis. Esta investigación caracterizase bibliográfica crítica y analítica, con carácter cualitativo. En esa, delimitamos una trayectoria posible de la novela histórica desde su instalación en Europa a inicios del siglo XIX, cotejamos su transposición a la América Latina – puntualmente, al Brasil - y abordamos las tendencias más recientes del género. Esa trayectoria es entonces contrastada con la trayectoria del género en el estado de Paraná. En este ejercicio, abordamos su exordio por medio de la novela histórica clásica scottiana, discutida en los estudios de Lukács ([1937] 2011), su transición a la novela histórica tradicional (INDURÁIN, 1995; MÁRQUEZ RODRÍGUEZ, 1996) y sus recurrencias en América, espacio en el que se implementó su fase crítica/deconstruccionista. Esa fase es la generadora de las modalidades nueva novela histórica latinoamericana (AÍNSA, 1991; MENTON, 1993; FLECK, 2017) y de la metaficción historiográfica (HUTCHEON, 1991, 2013; FLECK, 2017), propias del boom de la literatura latinoamericana. Tales confrontaciones se acomodaron, en el post-boom, a las tendencias conciliatorias de la novela histórica contemporánea de mediación (FLECK, 2017; KLOCK, 2021). En la secuencia, partimos a compilar novelas históricas paranaenses, a la verificación de sus temáticas frecuentes y principales representantes, así como el sondeo de su status quo frente a los estudios ya realizados sobre los 37 títulos paranaenses identificados. Por fin, con la intención de demonstrar cómo ocurre efectivamente el recorrido de la novela histórica paranaense, presentamos los análisis de seis narrativas representativas de las tres fases delimitadas por Fleck (2017): acrítica, crítica/deconstruccionista y la crítica/mediadora. Las cuales son materializadas en las escrituras de las novelas O drama da fazenda Fortaleza (1941), de David Carneiro, y Origens (1961), de Pompília Lopes dos Santos, refiriéndose a la fase acrítica; Guayrá (2017), de Marco Aurélio Cremasco, y O herói provisório (2017), de Etel Frota, componiendo la fase crítica/deconstruccionista; Um amor anarquista (2005), de Miguel Sanches Neto, y Terra vermelha (1998), de Domingos Pellegrini, de la fase mediadora. Mediante estos análisis, además de trazar la trayectoria de la novela histórica en el estado, tornamos evidente su pluralidad y capacidad de resignificar a la historiografía tradicional, actuando como elemento activo en el proceso de decolonización. |
Keywords: | Historiografia do Paraná Romance histórico paranaense Trajetória do romance histórico Historiografía del Paraná Novela histórica paranaense Trayectoria de la novela histórica |
CNPq areas: | Linguagem e Sociedade |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Publisher: | Universidade Estadual do Oeste do Paraná |
Sigla da instituição: | UNIOESTE |
Departamento: | Centro de Educação, Comunicação e Artes |
Program: | Programa de Pós-Graduação em Letras |
Campun: | Cascavel |
Citation: | Cella, Thiana Nunes. Retratos literários do Paraná – do clássico ao contemporâneo: uma trajetória do romance histórico paranaense. 2022. 303 f. Tese( Doutorado em Letras) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, 2022. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Endereço da licença: | http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ |
URI: | https://tede.unioeste.br/handle/tede/6113 |
Issue Date: | 7-Jun-2022 |
Appears in Collections: | Doutorado em Letras (CVL) |
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