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Please use this identifier to cite or link to this item: https://tede.unioeste.br/handle/tede/3630
Tipo do documento: Dissertação
Title: Estética marxista e educação: formação para a emancipação humana
Other Titles: MARXIST AESTHETIC AND EDUCATION: shaping for human emancipation
Autor: Debiazi , Marcia da Silva Magalhães 
Primeiro orientador: Conceição, Gilmar Henrique da
Primeiro membro da banca: Noma, Amélia Kimiko
Segundo membro da banca: Schorn, Remi
Terceiro membro da banca: Schütz, Rosalvo
Quarto membro da banca: Heuser, Ester Maria Dreher
Resumo: Este trabalho estuda a noção de estética marxista em seu campo teórico próprio, em seguida sugere a importância como instrumento educacional, uma vez que pensa uma educação omnilateral com horizonte na emancipação humana. Para isto esta dissertação discute o conceito de estética no pensamento de Marx, particularmente nos Manuscritos econômico-filosóficos. Argumentamos que esta noção é mais bem compreendida se for situada no conjunto de seu pensamento. Sua filosofia político-social pensa que o homem só se reconhece enquanto ser social no interior do processo de criação (trabalho), quando objetiva suas subjetivações. Entretanto, com o modo capitalista de produção essa objetivação torna-se fragmentada e estranha ao homem. É neste mundo de estranhamento, de perda de si mesmo, que situamos o caráter humanizador da educação estética, vista como possibilidade para que o homem possa exteriorizar o pensamento, e assim refletir criticamente sobre o mundo. Entendemos, todavia, que não há objeto estético sem sujeito estético. Ou seja, não pode existir um só momento da obra de arte, por mais que seja possível objetivá-la em si, que possa ser concebido independentemente do homem, da subjetividade humana, uma vez que não existe produção artística sem o homem. Desse modo, a apreciação das ideias estéticas de Marx não pode se separar da prática humana e artística que as corrobora. A estética marxista busca outra dimensão para a atividade artística, uma vez que os sentidos humanos deixam de ser apenas uma expressão do espírito, como dizia Hegel, para se tornarem meio de afirmação do homem. O esforço encetado por nós está em compreender o que é a estética marxista, qual a sua ligação com o trabalho, posto que Marx não reduz ao exclusivamente sensitivo, para ele a arte é inerente ao ser social, ou melhor, a arte é objetivação humana. Marx entende a arte como uma forma de objetivação humana, assim como o trabalho é a forma primordial e essencial do contato do homem com o mundo, de que têm origem as formas e pensamentos cotidianos. Assim, o artista, também é visto como ser social, determinado pelas circunstâncias históricas em constante processo de transformação, logo, a arte também é uma forma de objetivação humana, assim como o trabalho. Para Marx a alienação, exteriorização e objetivação, são condições ontológicas do homem. Já o estranhamento é uma consequência da existência da propriedade privada. Por esta razão, a educação estética marxista assume, como elemento subversivo do capitalismo, um papel significativo no processo criativo e critico do pensamento. A arte é um fenômeno social. Portanto, com base em nosso referencial teórico, esta investigação procura, em alguns traços, destacar o potencial revolucionário da educação estética, com base em ideias marxistas, por entender que é um importante campo criativo, imaginativo, crítico, sensitivo e perceptivo da realidade que está posta, e que muitas vezes não é vista, fora das ideias das classes dominantes.
Abstract: This present paper analyzes the idea of Marxist aesthetic in its own theoretical field and suggests the importance as an education tool, once it thinks in an omnilateral education with horizon in human emancipation. For this purpose, this thesis discusses the concept of aesthetics in Marx’s thought, mainly in his Economic and Philosophic Manuscripts. It was argued that this idea is better understood if located in the set of its thought. Its political and social philosophy says that the man just recognizes himself as a social being within the process of creation (work), when practices his subjectivities. However, with the capitalist mode of production this objectification becomes fragmented and strange to man. It is in this world of estrangement, of loss of itself, that the humanizing character of aesthetic education is placed, seen as a possibility for man to externalize his thought and so reflect critically about the world. It is understood, though, that there is no aesthetic object without an aesthetic subject. Therefore, there cannot be just one moment of artwork that can be designed independently from men, from human subjectivity, once there is no artistic production without men even if it is possible to objectify itself. Consequently, the appreciation of the aesthetic ideas of Marx cannot be separated from the human and artistic practice that it supports. The Marxist aesthetics seeks another dimension to artistic activity, since human senses are not just an expression of the spirit, as Hegel assumed, to become a mean of affirming the man. Our effort is to understand what is the Marxist aesthetics, what is its connection with work, since Marx does not reduce it only to sensory, but for him, art is inherent to the social being, or rather, the art is the human objectification. Marx understands art as a way of human objectification, the same as work, which is the primary and essential form of human contact with the world, in which daily origins and thoughts are found. Therefore, the artist, is also seen as a social being determined by historical circumstances in constant changing process, so the art is as well a way of human objectification just like work. According to Marx, alienation, objectification and externalization are ontological conditions of man. But the estrangement is a consequence of the existence of private property. For this reason, education assumes the Marxist aesthetics as subversive element of capitalism, a significant role in the creative process and critical thinking. Art is a social phenomenon. So, based on our theoretical reference, the aim of this investigation is, in some traits, to highlight the revolutionary potential of aesthetic education, based on Marxist ideas, to understand that it is an important creative, imaginary, critic, sensitive and perceptive field of the existent reality, and that it is often not seen outside the ideas of the ruling classes.
Keywords: Estética marxista
Educação
Trabalho
Estado
Marxist aesthetics
Education
Labor
State
CNPq areas: CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Idioma: por
País: Brasil
Publisher: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Sigla da instituição: UNIOESTE
Departamento: Centro de Educação, Comunicação e Artes
Program: Programa de Pós-Graduação em Educação
Campun: Cascavel
Citation: DEBIAZI, Marcia da Silva Magalhães. Estética marxista e educação: formação para a emancipação humana. 2013. 95 f. Dissertação ( Mestrado em Educação) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, 2013.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: http://tede.unioeste.br/handle/tede/3630
Issue Date: 29-Apr-2013
Appears in Collections:Mestrado em Educação(CVL)

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