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Tipo do documento: Dissertação
Title: O comércio de valor adicionado e a participação do Brasil nas cadeias globais de valor
Other Titles: Added value trade and Brazil's participation in global value chains
Autor: Girotto, Cássia 
Primeiro orientador: Gonçalves Júnior, Carlos Alberto
Primeiro membro da banca: Gonçalves Júnior, Carlos Alberto
Segundo membro da banca: Lopes, Ricardo Luis
Terceiro membro da banca: Staduto, Jefferson Andronio Ramundo
Resumo: O processo de fragmentação da produção no espaço geográfico tem ganhado força desde 1980, nas últimas décadas os fluxos de comércio internacional passaram a compor uma proporção maior no comércio mundial e as relações comerciais deixaram de ocorrer apenas entre países desenvolvidos, incorporando também países em desenvolvimento. Nessa nova configuração da produtiva em que os países passaram a se especializar em etapas específicas da produção, o comércio de bens intermediários aumentou significativamente, de modo que um mesmo produto pode atravessar várias fronteiras internacionais até o consumo final. Nesse sentido, as estatísticas disponíveis sobre o comércio mundial tendem a causar distorções interpretativas, isso porque os dados são mensurados em termos de valor bruto das exportações, o que pode acarretar problemas de dupla contagem a cada vez que o produto cruza uma fronteira. Uma solução para esse problema é a mensuração das exportações em termos de valor adicionado doméstico - VAD. Nesse cenário, esta pesquisa se propôs analisar a evolução do comércio de VAD brasileiro, assim como participação do Brasil nas Cadeias Globais de Valor - CGVs, considerando os seus principais parceiros comerciais, por meio dos indicadores Trade in value-added – TiVA e das matrizes mundiais de Insumo Produto do release 2018 do Inter-Country Input-Output Tables - ICIO disponibilizadas pela Organisation for Economic Co-operation and Development – OECD, que contempla 64 países e 36 setores, para os anos de 2005, 2010 e 2015. Verificou-se que os produtos exportados pelo Brasil para União Europeia, China e Coréia do Sul são os que apresentam maior percentual de VAD, em relação ao total das exportações, visto que os produtos exportados pelo Brasil em maior volume para esses países são primários, ou seja, possuem pouca proporção de conteúdo importado em sua composição. Em contrapartida, os produtos exportados pelo Brasil para Argentina, México, e a região Andina são os que apresentam menor proporção de VAD em relação ao valor total das exportações, pois são produtos de alta e média tecnologia, que abrem maiores possibilidades de incorporação de conteúdo importado na produção contribuindo para a maior inserção do Brasil nas CGVs. Além disso, a participação brasileira nas CGVs dá-se em maior proporção como ofertante de valor adicionado doméstico (índice de ligação para frente) do que como demandante de valor adicionado estrangeiro (índice de ligação para trás), em conformidade com o maior volume de exportações de produtos primários, pois há menos VAD importado nas exportações, o que afeta a participação brasileira nas CGVs como demandante de produtos importados. Nesse sentido, uma alternativa o Brasil gerar mais valor adicionado doméstico e aumentar sua participação nas CGVs seria expandir a capacidade de processamento interno de alguns produtos, atualmente exportados in natura, o que permitiria aumentar o espaço para inserção de insumos importados, tornando o país mais engajado nas CGVs, além disso, geraria internamente mais valor adicionado, que implica diretamente em maior volume de renda para o trabalhador e lucro para as empresas, contribuindo para elevar o nível de desenvolvimento econômico.
Abstract: The process of fragmentation of production in geographic space has been gaining strength since 1980, in recent decades international trade flows have come to make up a greater proportion of world trade and trade relations no longer occur only between developed countries, but also incorporate developing countries. In this new configuration of production, in which countries began to specialize in specific stages of production, the trade in intermediate goods increased significantly, so that the same product can cross several international borders to final consumption. In this sense, the available statistics on world trade tend to cause interpretive distortions, because the data are measured in terms of the gross value of exports, which can lead to double counting problems each time the product crosses a border. A solution to this problem is the measurement of exports in terms of domestic value added - VAD. In this scenario, this research aimed to analyze the evolution of Brazilian VAD trade, as well as Brazil's participation in Global Value Chains - GVCs, considering its main trading partners, through Trade in value-added indicators - TiVA and matrices Inputs Product of the 2018 release of the Inter-Country Input-Output Tables - ICIO made available by the Organization for Economic Co-operation and Development - OECD, which covers 64 countries and 36 sectors, for the years 2005, 2010 and 2015. it is noted that the products exported by Brazil to the European Union, China and South Korea are the ones with the highest percentage of VAD, in relation to total exports, since the products exported by Brazil in greater volume to these countries are primary, that is, , have little imported content in their composition. On the other hand, products exported by Brazil to Argentina, Mexico, and the Andean region are those with the lowest proportion of VAD in relation to the total value of exports, as they are high and medium technology products, which open up greater possibilities for incorporating content imported in production, contributing to the greater insertion of Brazil in the GVCs. In addition, the Brazilian participation in the GVCs, occurs in greater proportion as a provider of domestic value added (forward connection index) than as a demander of foreign value added (backward connection index), in accordance with the higher volume of exports of primary products, as there is less imported VAD in exports, which affects the Brazilian participation in GVCs as a demander of imported products. In this sense, an alternative for Brazil to generate more domestic added value and increase its participation in the GVCs would be to expand the internal processing capacity of some products, currently exported in natura, which would increase the space for the insertion of imported inputs, making the country more engaged in the GVCs, and in addition, it would generate more added value internally, which directly implies a greater volume of income for the worker and profit for the companies, contributing to raise the level of economic development.
Keywords: Valor adicionado
Cadeias globais de valor
Matriz insumo-produto
TiVA
Added value
Global value chains
Input-output matrix
CNPq areas: CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA
Idioma: por
País: Brasil
Publisher: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Sigla da instituição: UNIOESTE
Departamento: Centro de Ciências Sociais Aplicadas
Program: Programa de Pós-Graduação em Economia
Campun: Toledo
Citation: GIROTTO, Cássia. O comércio de valor adicionado e a participação do Brasil nas cadeias globais de valor. 2021. 112 f. Dissertação (Mestrado em Economia) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Toledo, 2021.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: https://tede.unioeste.br/handle/tede/6118
Issue Date: 5-Nov-2021
Appears in Collections:Mestrado em Economia (TOL)

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