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dc.creatorHammel , Ana Cristina-
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/1902013686022606por
dc.contributor.advisor1Koling , Paulo José-
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9291112113683520por
dc.contributor.referee1Oliveira , Ariovaldo Umbelino de-
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1796886641440781por
dc.contributor.referee2Radin , José Carlos-
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/6934053325322104por
dc.contributor.referee3Silva , Márcio Antônio Both da-
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/1942184053395437por
dc.contributor.referee4Roos , Djoni-
dc.contributor.referee4Latteshttp://lattes.cnpq.br/9212067231007532por
dc.date.accessioned2020-10-07T17:58:50Z-
dc.date.issued2020-09-03-
dc.identifier.citationHAMMEL , Ana Cristina. Luta camponesa pela terra no latifúndio da Araupel:um estudo do histórico dominial, práticas de grilagem e vidas camponesas. 2020. 350 f. Tese (Doutorado em História) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, 2020.por
dc.identifier.urihttp://tede.unioeste.br/handle/tede/5004-
dc.description.resumoA tese tem como temática a questão agrária que envolve o latifúndio Araupel e a luta por reforma agrária nos imóveis Pinhal Ralo e Rio das Cobras, localizados na mesorregião Centro-Sul do Paraná. Busca analisar historicamente como as relações sociais de produção capitalistas moldaram a ocupação, a propriedade e o uso da terra e resistência dos camponeses como um dos determinantes à produção de sociabilidades que envolveu um mar de terra, 114 mil hectares de terras e um mar de gente, mais de 5 mil famílias. O estudo das vidas camponesas nos Campos de Laranjeiras lócus onde se situam os imóveis Pinhal Ralo e Rio das Cobras nos levou ao estudo da grilagem de terras ocupadas por posseiros, caboclos e indígenas. A pesquisa nos levou a vários materiais de época que além de expressarem o cotidiano dos camponeses nessas áreas, levantaram indícios da grilagem, da expropriação e da violência contra a população local. Os processos judiciais movidos na Comarca de Laranjeiras do Sul entre os anos de 1950 e 1960 denunciam as práticas de grilagem e a expulsão dos camponeses respaldadas/feitas pelos agentes e agências do estado do Paraná. Essas fontes constituíram uma importante documentação para compreender a grilagem na região, a sobreposição de terras entre os imóveis, Fazenda Laranjeiras, Colônia Adelaide, Colônia Fortuna, Erva Mate, Andradas e o Rio das Cobras. Esses elementos levantados em fontes de época trouxeram a necessidade de entender a passagem do domínio público para o domínio privado das terras que constituem o latifúndio Araupel, que concentrava mais de 100 mil hectares de terra na década de 1940. O histórico dominial, remete a concentração da terra pelos empresários paulista José Ermírio de Moraes e Paulo Pereira Ignácio na década de 1940 que implicou em uma série de vícios na origem que permanecem em disputas ainda hoje (2020) no Tribunal Regional da 4ª região (TRF-4). Na década de 1970 essas terras foram revendidas para três grupos de empresários gaúchos, formados pelas famílias Giacomet, Marodin e Maisonnave, que fundaram a empresa Madeireira Giacomet Marodin. O controle desse mar de terra pela Giacomet Marodin/Araupel, agravou o conflito, pois as práticas de controle da empresa e a exploração da madeira gerou novas formas de expropriação e expulsão dado o avanço sob a terra ocupada por posseiros. A situação é agravada com a construção das usinas hidrelétricas no rio Iguaçu na década de 1970 e o alagamento das terras nessa região. Nesse contexto houve o conflito agrário e a luta dos camponeses pela terra de trabalho, de moradia e de liberdade. A luta pela terra fez emergir os acampamentos e os projetos de assentamento. Enquanto conquistas da reforma agrária, foram criados quatro assentamentos Ireno Alves dos Santos, 1997; Marcos Freire, 1998; Celso Furtado e Dez de Maio, 2005 e quatro acampamentos Herdeiros da Terra do 1º de Maio, 2014; Dom Tomás Balduino, 2015, Vilmar Bordin e Leonir Orbak, 2016 nos dois imóveis. Essa fração do território conquistado representou uma vitória para os camponeses, organizados pelo MST, e também numa reconfiguração empresarial do latifúndio Araupel, mediante o uso do dinheiro público obtidos com a desapropriação de mais de 50 mil hectares de terras. Essa forma de fazer reforma agrária adotada pelo estado brasileiro, onde o latifúndio continua se recriando expressa a inevitável contradição entre a terra de negócio e a terra de trabalho que configura a sociedade capitalista. Nas áreas conquistadas para a reforma agrária também foram criadas novas formas de uso e de vida na terra e a própria recriação camponesa (produção agroecológica, Educação do Campo e Juventude Sem Terra), também foram gestadas experiências de relação de trabalho não capitalista e de resistência dentro do capitalismo.por
dc.description.abstractThe thesis has as thematic the agrarian question that involves the struggle for agrarian reform in the properties of Pinhal Ralo and Rio das Cobras, located in the Central-Southern mesoregion of Parana, which formed the Araupel latifundium. The text approaches how, historically, social capitalist relations of production have molded the occupancy, property and use of the land and the resistance of the peasants as one of the determinants of the production of sociability that involved the movement of a sea of land (a continuous latifundium of 114 thousand hectares of land) and a sea of people (more than 5 thousand families) that disputed for land. The study of peasant lives in the Laranjeiras countryside, locus where the Pinhal Ralo and Rio das Cobras properties are located, led us to the study of illegal occupation, until then occupied by squatters, caboclos and indigenous people. The research paths took us to various sources of ages, which in addition to expressing the daily life of peasants in these areas, took it to evidence of practices of ilegal occupation, expropriation and violence against the local population. The lawsuits filed in the District of Laranjeiras do Sul between the years 1950 and 1960 denounce the practices of squatting and the expulsion of peasants, supported and carried out by agents and agencies of the state of Parana. These sources constituted an important documentation to understand the illegal occupation occurred in the region, the overlapping of land between the properties, Fazenda Laranjeiras, Colônia Adelaide, Colônia Fortuna, Erva Mate, Andradas and Rio das Cobras. These elements raised in period sources brought the need to understand the transition from the public domain to the private domain of the lands that constituted the Araupel latifundium, which concentrated more than 100 thousand hectares of land in the 1940s. The domain history, refers to the concentration of the land by São Paulo businessmen José Ermírio de Moraes and Paulo Pereira Ignácio in the 1940s, which resulted in a series of vices at the origin that remain in disputes today (2020) at the Regional Court of the 4th region (TRF-4). In the 1970s, these lands were resold to three groups of businessmen from Rio Grande do Sul, formed by the Giacomet, Marodin and Maisonnave families, who founded the company Madeireira Giacomet Marodin. The control of this latifundium by Giacomt Marodin / Araupel aggravated the conflict, as the company's control practices and the exploitation of wood generated new forms of expropriation and expulsion of peasants with the advance on land occupied by squatters. In this local environment the situation was aggravated with the construction of hydroelectric plants on the Iguaçu River in the 1970s. In this context, there was also agrarian conflict and the peasants' struggle for land for work, housing and freedom. The struggle for land gave rise to camps and settlement projects. As conquests of agrarian reform, four settlements were created - Ireno Alves dos Santos, 1997, Marcos Freire, 1998, Celso Furtado and Dez de Maio, in 2005 - and four camps - Herdeiros da Terra of 1º de Maio (2014); Dom Tomás Balduino (2015), Vilmar Bordin and Leonir Orbak, (2016) - in both properties. This fraction of the conquered territory represented a victory for the peasants, organized by the Landless Movement, and also in a business reconfiguration of the Araupel latifundium, through the use of public money obtained with the expropriation of more than 50 thousand hectares of land. In the areas conquered for agrarian reform, new forms of use and life on land and peasant recreation itself (agroecological production, Rural Education and Landless Youth) were also created, and experiences of non-capitalist work and resistance within capitalism.eng
dc.description.provenanceSubmitted by Helena Bejio (helena.bejio@unioeste.br) on 2020-10-07T17:58:50Z No. of bitstreams: 2 Ana_Hammel_2020.pdf: 11755915 bytes, checksum: 9d4ed363866ce90dfea0718b8f7e3af2 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)eng
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dc.formatapplication/pdf*
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade Estadual do Oeste do Paranápor
dc.publisher.departmentCentro de Ciências Humanaspor
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.initialsUNIOESTEpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Históriapor
dc.rightsAcesso Abertopor
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0/-
dc.subjectQuestão agráriapor
dc.subjectVidas camponesaspor
dc.subjectLatifúndiopor
dc.subjectAraupelpor
dc.subjectGrilagempor
dc.subjectLuta pela terrapor
dc.subjectReforma agráriapor
dc.subjectAssentamentos e acampamentospor
dc.subject.cnpqCIÊNCIAS HUMANAS:HISTÓRIApor
dc.titleLuta camponesa pela terra no latifúndio da Araupel: um estudo do histórico dominial, práticas de grilagem e vidas camponesaspor
dc.typeTesepor
dc.publisher.campusMarechal Cândido Rondonpor
Appears in Collections:Doutorado em História (MCR)

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