@MASTERSTHESIS{ 2023:1977428639, title = {Diversidade religiosa e democracia: uma análise da proposta pluralista de Roger Trigg}, year = {2023}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6781", abstract = "O objetivo central deste estudo é analisar a proposta pluralista de Roger Trigg como uma ferramenta capaz de adequar a diversidade religiosa dentro do debate público de sociedades democráticas. Tal empenho visa sustentar a seguinte hipótese: a participação religiosa no debate público de sociedades democráticas parece legítima quando a diversidade religiosa está adequada dentro do debate. Para sustentar essa posição, busca-se responder à seguinte questão: as religiões podem participar do debato público? Em resposta, adota-se as principais ideias de Roger Trigg, nas obras Religious Diversity: Philosophical and Political Dimensions (2014) e Religion in Public Life: Must Faith Be Privatized? (2007). Para esse filósofo, a abrangência e o impacto da diversidade religiosa nas sociedades do ocidente devem ser vistos como relevantes para as discussões públicas, de modo que não podemos simplesmente desconsiderar as diferentes concepções de sociedade boa que as religiões produzem. Para desenvolver e defender essas ideias, apresentamos no primeiro capítulo alguns dos impactos gerados pela diversidade religiosa nas sociedades atuais, juntamente com alguns problemas gerados por essa diversidade. Apontamos, na sequência, as principais abordagens epistemológicas da diversidade religiosa, a saber, naturalismo, exclusivismo, inclusivismo e pluralismo. Esclarecemos essas diferentes formas de pensar a diversidade religiosa, pois elas fomentam, pretende-se defender, diferentes posturas no debate público. No segundo capítulo, inicialmente, apresentamos as noções de liberdade religiosa e democracia cunhadas por Trigg e, na sequência, a teoria pluralista do autor. Ainda no segundo capítulo, defendemos, juntamente com o filósofo, que crenças religiosas não se resumem a meras afirmações subjetivas e particulares. Trigg sustenta que as religiões podem se preocupar com uma realidade objetiva e acessível a todos. Por fim, no terceiro capítulo, traçamos uma análise da posição do autor. Para isso, abordamos diferentes maneiras de institucionalizar as religiões, entre as quais o “pluralismo não constitucional”. Tal forma de institucionalização das religiões parece corroborar com a teoria de Trigg, pois, será argumentado, traça um paralelo com a ideia de humildade epistêmica do autor. Trigg parece possibilitar uma defesa favorável à participação da diversidade religiosa nas discussões públicas, pois, pretende-se concluir, sua abordagem pluralista assume a possibilidade de se viver e conviver com diferentes sistemas de crenças que discordam entre si, de forma amplamente pacífica e respeitosa.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }