@MASTERSTHESIS{ 2022:140737809, title = {Acesso à rede de cuidados em saúde da pessoa com deficiência em um município de fronteira}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6384", abstract = "A Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, instituída em 2012, a partir do programa Viver Sem Limites, teve como propósito a ampliação do acesso e a qualificação da oferta de cuidados às pessoas com deficiência. Em junho de 2018, Foz do Iguaçu, município de tríplice fronteira (Brasil – Paraguai – Argentina), foi contemplado com a implantação de um Centro Especializado em Reabilitação - nível IV, com abrangência na microrregião, composta por nove municípios da Nona Regional de Saúde. Esse estudo buscou analisar o acesso à Rede de Cuidados em Saúde das Pessoas com Deficiência em um município de fronteira. Tratou-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa e qualitativa. A coleta quantitativa foi a partir do Sistema de Gestão em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde de Foz do Iguaçu, e as variáveis expuseram os perfis sociodemográfico e epidemiológico dos usuários. Foi considerada população de estudo todos os usuários atendidos no Centro Especializado em Reabilitação, desde 2018, quando o serviço foi implantado. Os dados coletados foram lançados no Microsoft Office Excel®, em um instrumento estruturado com variáveis organizadas da seguinte forma: sexo, faixa etária, cor de pele/raça e modalidade de reabilitação e a análise bivariada foi realizada pelo teste do qui-quadrado, ainda, empregou-se a regressão de Poisson, considerando um nível de significância de 5%. Para o estudo qualitativo, foram entrevistados 11 trabalhadores e 14 usuários do serviço. A coleta de dados seguiu um roteiro semiestruturado por categoria de entrevistados, a partir de uma questão norteadora. Para análise dos dados, foi utilizado o Discurso do Sujeito Coletivo, desenvolvido por Lefèvre e Lefèvre. Constatou-se que, entre 2018 a 2021, foram atendidos 125.857 usuários, com predominância do sexo masculino (59,3%) e idade até 18 anos (47,6%). A reabilitação física foi a que mais se destacou, seguida da auditiva, intelectual e por último a visual. A maior parte dos usuários (69,6%), necessitou de mais de um tipo de reabilitação, não sendo contabilizados nas modalidades únicas. De acordo com a abordagem qualitativa, observou-se a desarticulação dos níveis de atenção, com os serviços especializados em reabilitação como centralizadores do cuidado. Há trabalhadores empenhados na produção do vínculo e melhoria da oferta do cuidado e usuários satisfeitos, conformados com a oferta de cuidado recebida, mas um município ainda carente na oferta de acesso e acessibilidade a essa população. Para que um sistema funcione de forma integrada na fronteira, é preciso legitimar todos os saberes envolvidos nessa construção, tornar unânime o pensamento de que toda vida importa, entender a urgência da criação de políticas públicas que incluam toda forma de existência e não permitir uma sociedade regida por um poder que controla e define a forma de ser “normal”, e dessa forma, assegurar a continuidade do cuidado às pessoas com deficiência, com a desburocratização do acesso à população de fronteira e estrangeiros.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }