@MASTERSTHESIS{ 2022:1775668604, title = {Ensino remoto e saúde mental de professores: desafios, possibilidades e limites no contexto da educação superior}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6343", abstract = "A sociedade vivencia transformações provenientes de um acelerado movimento de mudanças políticas, econômicas, tecnológicas, ambientais e, mais precisamente nos anos de 2020, 2021 e 2022, encontra-se diante de intensas modificações decorrentes da pandemia de covid-19. Áreas como saúde e educação enfrentam grandes desafios, dada a pluralidade envolvida em seus processos constitutivos e a complexidade em lidar com o ser humano como seu principal objeto de investigação. A implantação do ensino remoto, principal metodologia utilizada na educação durante a pandemia, vem impactando as vivências de professores e estudantes, considerando as mudanças em decorrência de um ensino não presencial, o distanciamento no contato interpessoal e o desenvolvimento de atividades para as quais não estávamos preparados. Diante dessa realidade, buscamos, por meio deste trabalho, discutir sobre as práticas que resultam desse cenário, visando à superação do olhar fragmentado e biologizante do ser humano e à articulação entre desenvolvimento psíquico, saúde mental, processos sociais e educação. O objetivo geral do estudo foi analisar as relações entre o ensino remoto, saúde mental e atividades de trabalho dos professores no contexto da educação superior à luz da Psicologia Histórico-Cultural. Os objetivos secundários foram identificar, na literatura científica, elementos inerentes ao uso das tecnologias digitais na educação que contribuem para o desgaste mental e para o sofrimento psíquico dos professores; debater sobre as condições relacionadas à prática do ensino remoto em Instituições de Ensino Superior públicas; e analisar as modificações na atividade de trabalho e suas implicações na saúde mental do professor. Realizouse uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratório, cuja proposta consistiu em expor e debater trabalhos científicos já publicados acerca do sofrimento/adoecimento mental do professor universitário e relacioná-los à Psicologia Histórico-Cultural, contemplando autores como: Vigotski (1930, 2004, 2003, 2006, 2018, 2019, 2021), Zeigarnik (1979), Leontiev (1984, 2004), Martins (2004, 2010, 2011, 2019, 2020), Pino (2005), González Rey (2011, 2016) e outros. Tal referencial favorece à articulação entre aspectos biológicos, sociais e culturais dos processos humanos, além de possibilitar o deslocamento da responsabilização única do sujeito por seu adoecimento psíquico para uma visão que envolve políticas públicas de cuidado e de promoção à saúde do trabalhador. A pesquisa envolveu uma revisão de literatura que transcende à dimensão dos pressupostos epistemológicos da Psicologia HistóricoCultural, adentrando ao estudo de aspectos políticos do Ensino Superior público brasileiro. Com base nos resultados, conclui-se que o ensino remoto, embora tenha contribuído para o desenvolvimento de alguns processos de trabalho do professor, resultou em relações de ensino e de trabalho ainda mais precarizadas e em um maior índice de sofrimento psíquico, quando comparado ao período anterior à pandemia da covid-19. Tais achados são atravessados por um contexto educacional a serviço do capital, em função dos interesses de mercado e em detrimento da qualidade de seus processos.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }