@MASTERSTHESIS{ 2021:417777460, title = {Aspectos históricos, filosóficos e sociológicos do sistema periódico dos elementos químicos: implicações para o ensino de Química}, year = {2021}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/5592", abstract = "O sistema periódico, uma construção científica desenvolvida pela contribuição de vários praticantes da química, organiza os elementos químicos com base na lei periódica e é representado por um arranjo gráfico. Seu desenvolvimento inicial se deu na década de 1860, com o intuito de reduzir a pluralidade dos conhecimentos acumulados sobre os elementos químicos, e ganhou poder explicativo à medida que novos conhecimentos foram produzidos na Química e Física, tais como os relacionados à estrutura atômica e à mecânica quântica. Trata-se de um conhecimento estruturante tanto para os praticantes da química quanto para a disciplina escolar Química. Nesse sentido, buscamos entender o desenvolvimento, socialização e apropriação de conhecimentos relacionados ao sistema periódico, pelos praticantes da química, a partir de diferentes olhares para esse objeto de estudo. A partir da realização de um estudo historiográfico, constatamos que, apesar da existência de vários arranjos gráficos que representam o sistema periódico, a tabela periódica recomendada pela IUPAC tornou-se a representação mais utilizada pelos praticantes da química. Ao se naturalizar como um fato científico, a tabela periódica passou a ser considerada, em um sentido amplo, sinônimo de sistema periódico e se tornou um conteúdo escolar nos diferentes níveis de ensino. Esse processo de naturalização, no entanto, não é explicito nos livros didáticos de Química, que trazem uma história da tabela periódica constituída por fragmentos históricos apresentados de forma cronológica e repletos de anacronismos. Esses fragmentos históricos são, geralmente, relacionados ao desenvolvimento inicial do sistema periódico na década de 1860 e ao (ou como consequência do) trabalho de Moseley, na década de 1910, que resultou no conhecimento dos números atômicos. A tendência da história da ciência se tornar mais whig na proporção em que se torna mais resumida foi verificada nos livros didáticos avaliados. Essa tendência contribuiu para o surgimento de hagiografia, por exemplo a que considera o agente histórico Mendeleev o principal criador ou o único criador da tabela periódica, dependendo do nível de whiggismo presente no conteúdo histórico, assim como contribuiu para o (quase) apagamento dos demais agentes históricos relacionados ao desenvolvimento do sistema periódico. Enquanto conteúdo escolar, a tabela periódica é entendida como uma ferramenta, uma caixa-preta, não se discute (ou se discute superficialmente) aspectos relacionados ao sistema que ela representa, logo suas limitações/problemas são considerados exceções ou não são discutidos. A partir das reflexões feitas ao longo da tese, vislumbramos algumas implicações para o ensino de Química, tais como a necessidade de mudanças na formação inicial e continuada de professores e aproximação de diferenças áreas no qual o conhecimento químico é objeto de estudo, o que implica em um esforço individual do professor atuante na Educação Básica, de um esforço coletivo dos professores-formadores e de um esforço coletivo da área de Educação em Química.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Educação Matemática}, note = {Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas} }