@MASTERSTHESIS{ 2012:547017504, title = {Subjetividade e religião no pensamento de Kierkegaard}, year = {2012}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2133", abstract = "O objetivo do presente trabalho consiste na investigação da influência das noções de religião e de subjetividade no cerne da concepção filosófica apresentada por Søren A. Kierkegaard, principalmente nas obras Frygt og baeven (1843) (Temor e tremor); Begrebet Angest (1844) (O conceito de angústia) e Sygdommen till doeden (1849) (O desespero Humano A doença mortal). O filósofo dinamarquês vale-se das concepções de fé/pecado e objetividade/subjetividade para esclarecimento de suas posições; em suas análises e conclusões observa-se influência direta da Ética e da Psicologia, já que se trata de uma investigação sobre o eu . Kierkegaard, a partir da síntese que constitui o indivíduo, da sua relação com a divindade e da harmonia em tal relação, afirma a existência como um constante processo de edificação. Este processo, inerente ao ato de ser, terá sua análise na Ética e na Psicologia, mas se manifestará de maneira plena apenas na subjetividade inclinada à religiosidade; o que torna a Dogmática, em muitos casos, a base da investigação kierkegaardiana. Por ser uma síntese de finito e infinito, temporal e eterno, liberdade e necessidade, a dialética do eu irradia tanto finitude quanto infinitude. Esta natureza do indivíduo transcende a análise objetiva, conduzindo a investigação a meandros em que a Dogmática deverá corresponder ao mecanismo de apreciação. Tendo como modus operandi a individualização, uma vez que a Dogmática exige o isolamento, a filosofia da existência vale-se de seus próprios desdobramentos para a edificação do eu . Com esta concepção, compreende-se o indivíduo como a categoria mais elevada do pensamento kierkegaardiano. Isto acarreta o abandono simultâneo de sistemas e multidões, pois no recolhimento, segundo o filósofo nórdico, o indivíduo aprende algo que nenhuma ciência pode ensinar: a edificação. Esta consistirá na compreensão e aceitação da existência que permeia os âmbitos da vida, iniciando com a Ética e aprofundando-se com a Dogmática. A metodologia utilizada possui como proposta, em última instância, a análise da interioridade a partir de reações subjetivas capazes de expor a tensão da existência, tais como o desespero, a angústia, a fé, o pecado, entre outras. Para tanto, Kierkegaard analisa tais reações não apenas de maneira objetiva, mas de modo a transportá-las à existência, voltando-se assim à natureza última do indivíduo: sua relação com a divindade. A submissão ou elevação do homem será a constante observada nas investigações kierkegaardianas. Com esta noção, o indivíduo instaura por si o avanço da edificação, pautando-se em sua realidade de síntese condicionada à divindade. Abre-se caminho para a individualidade como arauto da verdade, como afirmação irrestrita e amor à vida. Para atingir tal afirmação, Kierkegaard dispõe da fé como derradeira paixão humana, capaz de conduzir a síntese e sublimar suas inquietações. Neste sentido, podemos compreender a filosofia proposta por Kierkegaard como o retorno do eu em suas implicações religiosas profundas.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }