@MASTERSTHESIS{ 2010:1079026236, title = {Os conceitos de abstrato e concreto na categoria mercadoria em O Capital de Marx}, year = {2010}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2102", abstract = "O presente trabalho procura expor por que existe uma inversão dos conceitos de abstrato e concreto entre a Economia Política Clássica, especificamente Adam Smith e David Ricardo, e Karl Marx, na explicação sobre a teoria do valor da mercadoria, e por que Marx avança mais que os economistas. Procura esclarecer por que o que os economistas consideram concreto para Marx não passa de mera abstração, demonstrando que isso ocorre devido aos diferentes olhares entre eles. Deste modo, debate sobre o modo de exposição de ambos, ou seja, tanto dos economistas quanto de Marx, sobre a temática do valor da mercadoria. Assim, a diferenciação entre os métodos de expor o pensamento fica clara, onde os economistas utilizam o método empírico e Marx, o dialético. E é justamente essa diferenciação do método que inverte os conceitos. Marx utiliza-se do método proposto por Hegel como forma de expor o pensamento; deste modo, fez-se necessário uma breve exposição sobre o método dialético hegeliano. Ao final do texto, tem-se uma demonstração passo a passo da relação entre a exposição de Marx na categoria mercadoria e o método dialético hegeliano; pode-se então observar as semelhanças e diferenças entre Marx e Hegel, e sobre como Marx segue em sua exposição as orientações de Hegel, no que diz respeito à exteriorização da ideia. Em Hegel e Marx, o movimento do pensamento vai do abstrato ao concreto e se processa por escalas progressivas de concretização. Entre o mais abstrato e o mais concreto há uma série de conceitos mais ou menos abstratos ligando os dois pontos extremos; são as mediações. O abstrato tem como pressuposto o concreto, sendo a essência o fundante e a forma, o fundado; isto é, o conteúdo material (concreto) possibilita a criação da forma, aparência (abstrato) que acaba por negar a própria essência (concreto) a partir da percepção que se dá de forma invertida, ou seja, o homem comum acredita que o que percebe, a aparência, é a essência; o conteúdo, a realidade, o concreto. Marx procura demonstrar o processo do conhecimento da realidade que caminha do abstrato ao concreto. A dialética é usada enquanto modo de exposição e significa o retorno sintético do analítico ou a reconstrução concreta do universal. O abstrato e o concreto não existem em separado; fazem parte de uma totalidade, de uma unidade. O método de abstração permite entender as categorias da realidade de forma mais detalhada e profunda, para depois mentalmente reconstruir o todo complexo. Desta forma, o concreto é dado pelo pensamento, é o concreto pensado, e o abstrato é a percepção empírica e enganosa da sociedade capitalista.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Filosofia}, note = {Filosofia Moderna e Contemporânea} }