@MASTERSTHESIS{ 2013:1344841902, title = {Interdito: jogos de loucura, saber e poder nos processos de interdição de Guarapuava-PR (1940-1950)}, year = {2013}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/1688", abstract = "Este trabalho desenvolve-se sobre percepções, evocações e mobilizações da loucura em processos civis de interdição, que avaliam a capacidade dos sujeitos em reger sua vida e administrar seus bens, e que podem ser instituídos por alegações de que o suposto incapaz esteja sofrendo de loucura. O processo só pode ser requerido por pessoas de relações familiares ou conjugais ao suposto louco, ou ainda pelo Ministério Público, e se a sentença for positiva para a interdição o incapaz é sujeitado a um curador, responsável por seus atos da vida civil e mesmo por suas propriedades. Dessa forma, a interdição civil é uma ação que transcorre das relações íntimas e privadas para as públicas e formais, e que objetiva o cuidado e controle do outro e de seus bens pela denúncia de sua anormalidade. A interdição civil é, deste modo, a inscrição do conflito das relações entre normalidade e anormalidade, loucura e não loucura, e capacidade e incapacidade, percebidas no cotidiano e colocadas em jogo junto ao dispositivo de justiça, numa dinamização de saberes, poderes e verdades sobre o outro e a loucura. Os processos de interdição civil são compostos pelas etapas de petição inicial, perícia, testemunhos e sentença, sendo selecionados para esta pesquisa os processos de interdição da Comarca de Guarapuava/PR referentes às décadas de 1940 (quatro processos) e 1950 (oito processos). As discussões de gênero atravessam todo o texto, ocupando espaço especial de percepção das relações de poder do cotidiano daqueles sujeitos envolvidos pelos processos, bem como dos papéis evocados e atribuídos dentro do jogo da interdição civil no que concerne às leis. O primeiro capítulo apresenta os processos, explorando argumentos e noções expostos para validar o início dos processos de interdição civil pelos seus requerentes, percebendo como referências ao gênero e às propriedades são expoentes das relações de poder constituídas nessas justificativas. O segundo capítulo explora a estrutura do dispositivo de justiça na Comarca de Guarapuava à época dos processos, e também o Código Civil, o Código do Processo Civil e a legislação sobre a interdição e a curatela vigentes então, para em seguida proceder ao esquadrinhamento dos sujeitos capturados por esse dispositivo. O terceiro capítulo investiga identificações e subjetivações relativas à loucura e ao sofrimento tecidas pelas testemunhas dos processos e pelos interditandos, analisando o crescimento do poder da perícia e do laudo pericial frente às práticas de testemunho na dinâmica dos processos judiciais", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras} }