@MASTERSTHESIS{ 2014:1957482371, title = {A ampliação do ensino fundamental para nove anos e o ensino de leitura e escrita nos anos iniciais no município de São João - PR}, year = {2014}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/957", abstract = "Este estudo se desenvolveu a partir de problematizações sobre a ampliação do Ensino Fundamental (EF), para nove anos de duração, referentes ao ensino de leitura e escrita nos Anos Iniciais. O objetivo foi analisar, junto às professoras de 5º e 6º anos dessa etapa escolar, do município de São João, PR, as relações dessa nova organização do EF com a aprendizagem de leitura e escrita. A pesquisa foi realizada no período de 2012 a 2013 e envolveu todas as onze escolas estaduais e municipais que ofertam 5º e 6º anos, no município. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com dezesseis sujeitos - seis professoras estaduais de Língua Portuguesa no 6º ano, sete professoras municipais do 5º ano (AIEF), uma pedagoga da rede municipal, uma secretária de educação do município e a responsável pelos AIEF de nove anos do Núcleo Regional de Educação de Pato Branco. Os documentos analisados foram as Propostas Pedagógicas Curriculares dos AIEF da organização de oito e de nove anos do EF no município; dados internos das instituições, referentes às idades e ao aproveitamento escolar em Língua Portuguesa, das turmas de 2011, 2012 e 2013, de 4ª e 5ª séries e 5º e 6º anos. As informações coletadas foram analisadas a partir dos pressupostos do materialismo histórico, como opção teórico-metodológica que possibilitou uma reflexão sobre o objeto de pesquisa, considerando-o em sua totalidade, relações e contradições, e pressupostos histórico-culturais dos estudos da linguagem, de Vigostki e Bakthin, que compreendem a língua como fenômeno social, resultante da dimensão cultural da experiência humana e constituinte dos sujeitos. Os resultados apontam que, com a implantação do Ensino Fundamental de nove anos no município de São João, as orientações referentes à adoção dos ciclos de aprendizagem, como proposta de formação integral dos estudantes, recebeu ênfase apenas nos três primeiros anos dos AIEF, não contemplando os anos seguintes (4º, 5º, 6º, 7º, 8º e 9º anos); que não houve reorganização dos conteúdos escolares para as turmas de 5º ano; não foram relatados momentos de planejamento conjunto entre professores municipais e estaduais; e que as formações destinadas aos profissionais da educação não atenderam às necessidades das escolas e professores, para efetuar a transição. Apontam, também, melhoria no desempenho dos estudantes; alteração das práticas docentes em função de um ensino mais contextualizado e dinâmico, capaz de explorar a diversidade textual, com maior tempo dedicado à leitura e produção de textos, do que, especificamente, ao ensino normativo da língua; inclusão de conteúdos de ensino específicos da alfabetização na PPC reorganizada; melhora do domínio do código alfabético no que se refere às questões técnicas de escrita dos alunos que chegam aos 5º e 6º anos; e maior interesse pela leitura. Tais resultados positivos no ensino e aprendizagem de leitura e escrita situam-se em um contexto multideterminado historicamente e ultrapassam a simples relação com a ampliação do tempo de permanência na escola e sua obrigatoriedade e podem ter sido influenciados por outros programas e políticas educacionais. Contudo, pela perspectiva histórico-cultural que fundamentou a pesquisa, reconhece-se que, ao ingressarem na escola mais cedo, as crianças têm ampliadas suas possibilidades de relações com a cultura escrita e, consequentemente, possibilitad a a ampliação de suas aprendizagens.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centros de Ciências Humanas} }