@PHDTHESIS{ 2025:1438274866, title = {“Não basta falar para esses alunos que a gente é inclusivo, tem que ser inclusivo”: a perspectiva inclusiva do IFPR e as/os estudantes com deficiência no ensino superior}, year = {2025}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/8182", abstract = "A exclusão e a inclusão das pessoas com deficiência são, frequentemente, abordadas de uma forma dicotômica, onde a exclusão é entendida como um problema e a inclusão, sua solução. No entanto, nesta pesquisa abordamos a temática a partir do materialismo histórico dialético para demonstrar que ambas são processos inerentes ao capitalismo e, portanto, a inclusão, além de não resolver a exclusão, perpetua os processos excludentes desse modelo de sociedade. A partir dessa perspectiva, discutimos como o pretenso caráter inclusivo dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), em geral, e do Instituto Federal do Paraná (IFPR), em particular, está relacionado com o processo de exclusão/inclusão dos estudantes com deficiência do ensino superior do IFPR. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, de cunho exploratório e explicativo. Metodologicamente, nos valemos da pesquisa bibliográfica e documental para discutir o caráter inclusivo dos Institutos Federais e para analisar os Planos de Desenvolvimento Institucional do IFPR. Para a pesquisa de campo, utilizamos entrevistas semiestruturas com gestoras/es, coordenadoras/es dos Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (CNapnes) e estudantes com deficiência do ensino superior do IFPR. Para análise dos dados da pesquisa de campo, utilizamos a técnica da Análise Temática. A partir dos resultados encontrados na análise das entrevistas, discutimos os temas: acesso, acessibilidade, formação, capacitismo, financiamento, CNapnes, ensino superior e inclusão. A pesquisa evidenciou que o IFPR tem avançado, principalmente nos últimos anos, em relação ao atendimento das necessidades educacionais específicas das/os estudantes com deficiência no ensino superior. No entanto, tais avanços ainda são insuficientes para garantir os atendimentos e serviços necessários para a permanência com êxito dessas/es estudantes na instituição. Dentre as principais barreiras encontradas, estão as arquitetônicas, metodológicas, atitudinais e programáticas, além da falta de financiamento que impacta diretamente essas/es estudantes. Em relação ao caráter inclusivo do IFPR, observamos que a concepção da maioria das/os entrevistadas/os é pautada na perspectiva da inclusão como solução para a exclusão, carecendo de uma postura crítica que esteja, verdadeiramente, alinhada ao pretenso caráter inclusivo da instituição, no sentido de superar a sociedade capitalista. Nesse sentido, destacamos a necessidade de o IFPR discutir internamente os conceitos de inclusão e exclusão para ampliar a compreensão de que apenas a inclusão não serve para a transformação social. Caso contrário, a instituição corre o risco de estar apenas servindo ao capital na medida em que a inclusão serve de política compensatória para atenuar os conflitos sociais, sem pretensão de alterar as estruturas da sociedade.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Cultura e Fronteiras}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }