@MASTERSTHESIS{ 2025:729816972, title = {Educação e psicanálise na obra de Françoise Dolto: intervenções junto a crianças com sinais de autismo}, year = {2025}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/8103", abstract = "A presente dissertação apresenta a pesquisa de Mestrado em Educação, que teve como objetivo identificar e analisar as contribuições da psicanálise de Françoise Dolto para a educação de crianças com sinais de autismo. Diante das experiências vivenciadas e das angústias de um “ser professora” para uma criança autista, nosso problema de pesquisa procurou responder: quais as contribuições e as possíveis intervenções, a partir da psicanálise doltoniana, para a educação de crianças com sinais de autismo? O autismo vem sendo cada vez mais discutido na sociedade contemporânea, de modo que se articulam campos do saber que demonstram interesse nesta questão, como a psicologia, a pedagogia, a medicina, a psicanálise, a psiquiatria, entre outros. Outrossim, buscamos elucidar fatores históricos e sociais que podem influenciar na concepção e no tratamento de crianças ditas autistas, trazendo concepções da psiquiatria, psicologia, psicanálise e pedagogia. O posicionamento teórico utilizado nesta pesquisa considera o autismo nos seus aspectos inconscientes e conscientes, subjetivos e sociais. Deste modo, articulamos a Psicanálise e a Educação, por acreditar que o campo educacional é fértil na escuta às investigações da criança acerca do (s) autismo (s). Neste sentido, utilizamos o referencial teórico-metodológico do materialismo histórico-dialético, a fim de apreender as múltiplas determinações em que o objeto está enredado. Foi possível, com o primeiro capítulo, identificar as mudanças, ao longo do tempo, da trajetória conceitual do autismo até a que conhecemos atualmente, e como estas refletiram no campo pedagógico. Além disso, abordamos o conceito de autismo e identificamos que Françoise Dolto, ao ter atendido crianças autistas em sua clínica, nos deixou práticas e metodologias que propiciaram resultados positivos no tratamento desses sujeitos. No segundo capítulo, ao tratarmos acerca dos diagnósticos, constatamos que vários campos do conhecimento abordam sobre o assunto. Para esta pesquisa, ancoramo-nos na psicanálise, com o intuito de compreender que, no autismo, a constituição do sujeito falha; logo, não há registro simbólico na linguagem, o que dificulta a comunicação e a relação social com o outro. Por conseguinte, no terceiro e último capítulo, analisamos as contribuições de Françoise Dolto e seus casos clínicos ao utilizar o desenho e a modelagem, junto a uma escuta atenta, que proporcionaram a entrada no campo simbólico e/ou uma significativa melhora no quadro autístico dos pacientes. Ao propormos a aproximação dos campos teóricos da psicanálise e da pedagogia, a partir dos ensinamentos de Dolto, destacamos uma tomada de posição do professor frente a essas crianças com autismo (s): um professor cujo cuidar e o educar são princípios estruturantes; que está atento às manifestações das linguagens; que reconhece as singularidades de cada criança; e que busca novos conhecimentos para qualificar, ainda mais, a sua prática pedagógica. Assim, concluímos que a escuta psicanalítica deve ser parte integrante do fazer pedagógico, da sala de aula, proporcionando às crianças com autismo (s) uma efetiva inclusão, que respeite suas singularidades e explore as suas potencialidades.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Ciências Humanas} }