@MASTERSTHESIS{ 2025:910383154, title = {Mães pré-bariátrica e a saúde de seus filhos: o efeito da educação para hábitos saudáveis}, year = {2025}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/8040", abstract = "Obesidade é o acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal, que oferece riscos à saúde e se configura como uma doença crônica de proporções epidêmicas em todo o mundo. Com forte componente familiar e intergeracional, observa-se que crianças com excesso de peso frequentemente têm, ao menos, um dos pais na mesma condição. Evidencia-se, portanto, que o modelo parental é um preditor da obesidade infantil, tanto genético quanto comportamental, especialmente no que se refere aos hábitos alimentares e de vida das crianças. Enquanto a cirurgia bariátrica e a mudança do estilo de vida são ferramentas individuais eficazes para os adultos, a prevenção da obesidade na infância requer intervenções familiares inovadoras, sobretudo, através de ações educativas direcionadas às mães que podem representar uma oportunidade valiosa de transformação. Este estudo objetivou analisar as características antropométricas, hábitos alimentares e estilo de vida de crianças e adolescentes, cujas mães estavam sob tratamento clínico da obesidade pré-cirurgia bariátrica, por meio da assistência coletiva, comparando dados antes após intervenção educativa materna. Além disso, avaliou-se a influência do comportamento materno na alimentação dos filhos e sua percepção acerca do estado nutricional das crianças e adolescentes. Trata-se de um estudo observacional longitudinal e quantitativo, que incluiu crianças e adolescentes, entre 2 anos completos a 18 anos incompletos e suas genitoras, as quais receberam acompanhamento clínico e participaram de ações educativas sobre obesidade de forma coletiva. Dados referentes a peso, estatura, questionários sobre práticas alimentares e rotina, foram coletados em dois momentos da pesquisa: no início e seis meses após as mães receberem informações sobre hábitos alimentares e de vida saudáveis. Os resultados revelaram correlação entre o IMC materno e infantil (p=0,016), indicando que, quanto maior o IMC da mãe, maior o dos filhos. Não foram obtidas alterações significativas nos índices antropométricos das crianças no período estudado, indicando que a duração da intervenção não influenciou tais parâmetros. Quanto ao comportamento materno frente à alimentação dos filhos até 12 anos, houve um aumento na restrição alimentar para manter a saúde e uma redução na regulação emocional e na pressão para comer. Conclui-se que, embora a intervenção efetuada através do tratamento clínico da obesidade tenha promovido ajustes nas práticas alimentares maternas, seu curto período de duração não foi suficiente para impactar de forma significativa o estado nutricional das crianças e adolescentes. Estes achados reforçam a necessidade de estratégias mais abrangentes e duradouras, preferencialmente com abordagem interdisciplinar e envolvimento familiar ampliado, a fim de romper efetivamente o ciclo intergeracional da obesidade. A persistência da associação entre IMC materno e infantil após a intervenção sugere que os programas preventivos devem ser iniciados precocemente e mantidos por períodos mais extensos.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biociências e Saúde}, note = {Centro de Ciências Biológicas e da Saúde} }