@MASTERSTHESIS{ 2025:754896974,
 	title = {Quem somos?: os efeitos de sentido do dizer de si das mídias alternativas Mídia NINJA e The Intercepta Brasil},
 	year = {2025},
 	url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7954",
 	abstract = "As mídias alternativas, nos últimos anos, cresceram de forma significativa como consequência,
 principalmente, da sua inserção no ambiente digital (Kucinski, 2018; Braghin; Câmara, 2018;
 Foletto, 2018). Em vista disso, para esta dissertação, foi fundamental analisar, à luz da teoria
 da Análise de Discurso franco-brasileira, os dizeres de si e do jornalismo alternativo que são
 colocados em circulação pelas mídias alternativas Mídia NINJA e The Intercept Brasil. Diante
 disso, propôs-se questionar se essas mídias alternativas produzem, de fato, um discurso
 disruptivo em relação ao da mídia tradicional, em virtude dos mitos do jornalismo a que esta
 está filiada, considerando os dizeres de si e da sua práxis jornalística. Ainda, a delimitação dessa
 temática justifica-se pela necessidade de analisar os discursos e os sentidos que o discurso
 jornalístico alternativo produz, uma vez que se coloca em um outro lugar e em uma outra
 posição em relação à mídia tradicional. Para isso, a discussão se baseou em quatro objetivos
 específicos, os quais são: a) analisar os efeitos de sentido colocados em circulação ao dizer da
 sua práxis jornalística como desvinculada da tradicional; b) observar como, no discurso
 jornalístico alternativo da NINJA e do Intercept, ocorre a ruptura com o discurso do jornalismo
 tradicional; c) refletir se, enquanto mídias alternativas, ao dizerem de si, discursivizam de modo
 que se encontram ao denominar o seu jornalismo alternativo; por fim, d) apreender como o
 processo de rompimento com o sistema capitalista, a fim de se tornar independente, é
 discursivizado, considerando a necessidade de ambas as mídias de financiamento externo. A
 partir disso, foi realizada a seleção do corpus, com base na metodologia materialista (Lagazzi,
 2015), a qual consistiu em selecionar sequências discursivas das abas Quem somos e Perguntas
 Frequentes dos sites da NINJA e do Intercept, além do perfil dessas mídias no site de
 financiamento coletivo Catarse. Após esse recorte, análise e teoria foram discutidas e
 analisadas de forma conjunta, uma vez que, na Análise de Discurso, parte-se do movimento
 pendular (Petri, 2013). Assim, a discussão mobilizou conceitos teóricos da teoria, a exemplo de
 formação discursiva, formação ideológica e formação imaginária (Pêcheux, 2014a, 2014b;
 Orlandi, 2015), denominação (Mariani, 1998), discurso jornalístico (Mariani, 1998, 1999) e
 falha (Pêcheux, 2014c). Durante a análise, foi possível observar os rompimentos discursivos
 que as mídias alternativas estabelecem em relação à mídia tradicional, além de como a
 constituição do jornalismo das primeiras ocorre a partir do que não é em relação às falhas e às
 lacunas da mídia tradicional. Assim, os sentidos se desencontram. Também, compreendeu-se
 que, embora a NINJA e o Intercept ocuparem o mesmo lugar de mídia alternativa, em alguns
 momentos, o seu jornalismo e as denominações que usam para dizer de si se desencontram,
 logo, passam a ocupar posições diferentes. Por fim, em relação à desfiliação dessas mídias em
 relação ao capital, concebe-se que, apesar de resistirem ao escolherem o financiamento coletivo
 para não se submeterem aos interesses das grandes corporações, não é possível que deixem de
 estar submetidas a essa ideologia e as seus interesses. Nas falhas e nas brechas da mídia
 alternativa, há, portanto, o espaço para a contínua transformação de si, do seu jornalismo e da
 sua submissão às ideologias dominantes – na sua incompletude está o espaço para o possível.",
 	publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná},
 	scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras},
 	note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes}
}