@PHDTHESIS{ 2025:1532765403, title = {Dispersão dos rendimentos do trabalho entre homens e mulheres: uma análise da Região Sul do Brasil (2012-2019)}, year = {2025}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7949", abstract = "O mercado de trabalho apresenta dispersões nos rendimentos entre homens e mulheres, influenciadas por características produtivas dos trabalhadores, discriminação de gênero e cor, segregação ocupacional e fatores regionais. Este estudo teve como objetivo analisar a dispersão dos rendimentos do trabalho entre homens e mulheres ao longo da distribuição de rendimentos no Sul do Brasil, considerando toda a Região Sul e suas ocupações, as Região Metropolitana (RM) e Região Não Metropolitana (RNM), e os estados do Paraná (PR), Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS), nos períodos de 2012 a 2015 e de 2016 a 2019. Os objetivos específicos incluem: a) estimar e analisar os determinantes do rendimento do trabalho na Região Sul e por ocupações; b) estimar e analisar os determinantes do rendimento do trabalho nas RM e RNM, e nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul; c) estimar e analisar como os fatores produtivos influenciam a dispersão dos rendimentos entre os trabalhadores homens e mulheres na Região Sul e por ocupações; d) estimar e analisar como os fatores produtivos influenciam a dispersão dos rendimentos entre os trabalhadores homens e mulheres nas RM e RNM, e nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul; e, e) avaliar como os fatores estruturais influenciam a dispersão dos rendimentos entre os trabalhadores homens e mulheres. A pesquisa está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), abrangendo igualdade de gênero (ODS 5), trabalho decente e crescimento econômico (ODS 8) e redução das desigualdades (ODS 10). As hipóteses formuladas foram: (I) as dispersões entre homens e mulheres são maiores entre os trabalhadores com rendimentos mais elevados e com maior qualificação, explicadas por fatores não observáveis; e, (II) a dispersão de rendimentos se torna mais acentuada em período de crise econômica. A metodologia utilizou a equação salarial de Mincer (1974) na estimação da Função de Influência Recentralizada (regressão RIF) e na Decomposição por Função de Influência Recentralizada (decomposição RIF). Os microdados empilhados foram obtidos da base da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE, referente à primeira visita. Os resultados mostraram que, em ambos os períodos, a experiência e o estudo influenciaram positivamente os rendimentos, principalmente nos quantis superiores. A educação teve maior impacto no período de crise (2016 a 2019), e os homens apresentaram maiores rendimentos. Fatores como a cor, trabalho formal e residência em áreas urbanas também foram associados a rendimentos mais elevados. Em relação à dispersão dos rendimentos, os homens receberam rendimentos mais altos em todas as áreas analisadas, com exceção do grupo ocupacional elementar, sendo as disparidades mais acentuadas durante a crise. A discriminação, como fator não observável, foi o principal determinante dessas disparidades. Apesar das políticas públicas existentes, o Brasil ainda enfrenta desafios significativos na redução da discriminação de gênero no mercado de trabalho, especialmente nas barreiras à ascensão profissional das mulheres, como o “teto de vidro” e o “piso pegajoso”. Recomenda-se aumentar a fiscalização das políticas existentes e implementar incentivos fiscais para as empresas que reduzirem as dispersões nos rendimentos entre os gêneros, além do desenvolvimento de uma base de dados governamental para a divulgação de relatórios salariais por gênero nos âmbitos municipal, estadual e/ou federal, uma vez que essas informações já são fornecidas pelas empresas ao governo conforme a Lei de Igualdade Salarial.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio}, note = {Centro de Ciências Sociais Aplicadas} }