@MASTERSTHESIS{ 2025:734042613, title = {Pobreza no Brasil: proporção, intensidade e fatores determinantes nas Unidades da Federação entre 2012 e 2023}, year = {2025}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7948", abstract = "A evolução da pobreza no Brasil tem sido marcada por períodos de progresso e retrocesso, evidenciando os desafios persistentes para sua superação. Diante disso, esta pesquisa teve como objetivo analisar a evolução da pobreza no país, entre 2012 e 2023, com foco nas Unidades da Federação, adotando a renda como critério para definição e mensuração da pobreza. Considerou-se como pobre o indivíduo cuja renda domiciliar per capita fosse inferior a meio salário-mínimo. Para a estimativa da incidência e intensidade da pobreza, foi utilizado o índice de Foster, Greer e Thorbecke (FGT), além de um modelo econométrico para dados em painel, visando identificar os fatores determinantes do fenômeno. As análises foram realizadas com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual (PNAD Contínua). Os resultados evidenciaram um forte componente regional da pobreza no Brasil, sendo mais elevada nas Unidades da Federação das Regiões Norte e Nordeste. O Maranhão se destacou como o estado com a maior taxa de pobreza e a menor renda domiciliar per capita do país, situando-se mais de 50% abaixo da média nacional. Em contraste, Santa Catarina mantevese com os menores indicadores de pobreza, destacando-se pela menor desigualdade de renda entre as Unidades da Federação e uma renda domiciliar per capita acima da média nacional durante todo o período analisado. Entre 2012 e 2023, os indicadores de pobreza oscilaram significativamente, com 2021 sendo o ano mais crítico, quando todas as Unidades da Federação registraram aumento simultâneo da pobreza. Contudo, verificou-se que essas oscilações não ocorreram de maneira homogênea entre os estados, refletindo as dinâmicas socioeconômicas regionais distintas. O modelo econométrico estimado, com a proporção de pobres como variável dependente, revelou que variáveis como os anos de estudo da população adulta, a proporção de indivíduos brancos e a proporção da população ocupada foram estatisticamente significativas e apresentaram relação negativa com a pobreza, indicando que o aumento desses fatores está associado à redução da pobreza. A forte relação entre a proporção da população ocupada e a redução da pobreza reforçou o impacto da inserção no mercado de trabalho na melhoria das condições de vida da população. Os achados comprovaram a hipótese da pesquisa, demonstrando que as diferenças nos níveis de pobreza entre as Unidades da Federação, no período analisado, foram influenciadas por variações nas condições de escolaridade, na inserção no mercado de trabalho e na desigualdade de renda, sendo essas variáveis determinantes para a magnitude das oscilações regionais da pobreza. A análise demonstrou que os estados com maior nível educacional, maior participação no mercado de trabalho, menor desigualdade de renda, além de maior renda domiciliar per capita e aumentos constantes dessa renda ao longo do tempo, apresentaram menores taxas de pobreza e um desempenho mais expressivo na redução do fenômeno.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Economia}, note = {Centro de Ciências Sociais Aplicadas} }