@MASTERSTHESIS{ 2025:520619310, title = {A organização do ensino remoto e híbrido para a alfabetização no município de Francisco Beltrão-PR}, year = {2025}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7929", abstract = "Nos últimos anos, o Brasil e o mundo, enfrentaram a pandemia do coronavírus (SARS-CoV 2), originária na China em 2019. A disseminação do vírus levou às medidas de isolamento social e restrições em diversos setores, incluindo a educação. As escolas foram fechadas, e as aulas foram realizadas de forma remota. No município de Francisco Beltrão, as escolas suspenderam as aulas, adotando o sistema remoto de ensino. Somente em outubro de 2020 houve o retorno gradual das atividades escolares de forma híbrida. A partir dessa problemática, o objetivo de compreender a organização do ensino realizada pelos professores, da rede municipal de Francisco Beltrão-PR, para as classes de alfabetização no período (2020-2021) da pandemia da Covid-19, foi apresentado ao Programa de Pós Graduação em Educação –Mestrado – Área de concentração: Educação, Linha de Pesquisa 1: Cultura, Processos Educativos e Formação de Professores, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. Deste modo, essa investigação está vinculada ao Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Ensino, Aprendizagem e Teoria Histórico-Cultural. Definimos essa investigação como qualitativa do tipo Estudo de Caso. Realizamos entrevistas semiestruturadas com professoras da rede de ensino, alfabetizadoras de quatro escolas municipais. A fundamentação teórica e a análise dos dados presentes nesse trabalho foram organizadas e sistematizadas de acordo com pressupostos da Teoria Histórico-Cultural. A organização do ensino para a alfabetização, durante a pandemia, foi adaptada de acordo com as necessidades sanitárias do período. Somado às ações políticas voltadas para o funcionamento dos setores privados da indústria e comércio em prol do lucro, favoreceram um ensino público precário para as crianças de primeiro a terceiro ano do Ensino Fundamental I. Os resultados evidenciam uma padronização nas formas de orientação para o planejamento e envio das aulas, no entanto, cada escola adequou-as de acordo com as possibilidades das famílias locais. As diferenças socioeconômicas das escolas não afetaram diretamente a forma de organização do ensino para a alfabetização, mas sim na forma de organização dos familiares para auxiliar as crianças a desenvolverem as demandas escolares. Os modos alfabetizar criaram várias lacunas na continuidade do ensino escolar. Os materiais impressos disponibilizados aos estudantes, continham várias questões elaboradas sobre uma única temática, dividida de acordo com os componentes curriculares do Referencial Curricular do Paraná e da BNCC, mas, não configuravam como uma sequência didática. As tarefas escolares possibilitaram o desenvolvimento das habilidades relacionadas a memorização, repetição, cópia de informações e coordenação motora, mas não despertavam o interesse da criança, e não às instrumentalizavam para o uso social das habilidades de leitura e escrita. Nesse viés, o distanciamento social inviabilizou o planejar docente pensado para o desenvolvimento psíquico da criança. Por fim, indicamos pesquisas futuras sobre o processo avaliativo-formativo das crianças em fase de alfabetização durante o ensino remoto, o impacto na aprendizagem do uso solitário das telas durante o ensino remoto, a possível desvantagem sofrida pelas crianças de escola pública quando comparadas as escolas de ensino privado e o aprofundamento de investigações sobre as consequências a longo prazo da pandemia na aprendizagem e desenvolvimento do psiquismo das crianças matriculadas no primeiro ciclo de alfabetização do Ensino Fundamental I, em 2020 e 2021.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Ciências Humanas} }