@PHDTHESIS{ 2025:1927274157, title = {Por um devir ecosófico: uma investigação a partir de Guattari e Deleuze}, year = {2025}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7874", abstract = "Trata-se de uma investigação sobre o conceito de ecosofia e o devir ecosófico, tendo como referência a concepção de uma ecologia do pensamento a partir de Guattari e Deleuze. Esta pesquisa objetiva explorar o conceito de ecosofia, articulando-o como uma abordagem transversal que integra dimensões ético-estéticas e políticas, ao mesmo tempo em que desafia os paradigmas estabelecidos pela tradição do pensamento ocidental. A tese parte da hipótese de que o conceito de ecosofia expressa uma ecologia do pensamento. Nesse sentido, a questão que orienta a pesquisa é: “Como pode ser concebida a articulação entre o objeto prático e o objeto especulativo do conceito de ecosofia, de modo a justificar o devir ecosófico que atravessa O Anti-Édipo e Mil Platôs e se desdobra nos devires ecosóficos contemporâneos? ”. Para enfrentar tal problema, a tese está estruturada em três capítulos. O primeiro explora as concepções gerais do conceito de ecosofia, com ênfase em suas conexões e distinções em relação à ecologia política e ecofilosofia. A análise inicial situa a ecosofia como uma abordagem transversal, que articula dimensões ético-estéticas e políticas, ao mesmo tempo em que critica a lógica capitalista de produção e consumo sustentável, evidenciando os limites e as contradições do discurso dominante de sustentabilidade, especialmente no contexto do Clube de Roma e da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. O segundo capítulo amplia a compreensão do pensamento ecosófico como expressão de uma ecologia do pensamento que opera por meio de um processo de devir conceitual. Parte de uma crítica ao naturalismo clássico, que perpetuou a separação entre natureza e pensamento, para explorar a concepção de uma geofilosofia e do rizoma que constituem o que se pode denominar de uma estranha ecologia, que dissolve as distinções entre o natural e o artificial, a natureza e o pensamento, rejeitando a separação entre a natureza e a indústria. Tudo é concebido como parte de uma síntese disjuntiva de heterogeneidades, envolvendo rizomas que conectam o animal, o vegetal, o mineral e o maquínico. O terceiro explora a ideia de uma ecologia maquínica, dos processos de subjetivação, das máquinas desejantes, linguísticas e semióticas, mas também dos agenciamentos coletivos do desejo e do objeto prático da ecosofia, visando produzir subjetividades engajadas em reinventar maneiras de ser, em permanente ressingularização frente à serialização modelizadora do sistema de subjetivação e sujeição capitalística. Também examina uma nova concepção sobre os processos de subjetivação, considerando-a não apenas intersubjetiva, mas também maquínica e cósmica. O devir ecosófico orienta-se por uma prática que valoriza o dissenso criador e fomenta novos modos de relação com o socius, a alteridade, o meio ambiente e a psique. A pesquisa mostra que, longe de se limitar aos paradigmas tradicionais da ecologia política e econômica, o pensamento ecosófico constitui um agenciamento coletivo revolucionário, capaz de enfrentar os desafios complexos do mundo contemporâneo. Em oposição à lógica antropo-capitalocênica, propõe práticas inovadoras, como a “compostagem” e a “magia branca”, que desafiam e subvertem as dinâmicas predatórias do capitalismo global e apontam para alternativas sustentáveis e transformadoras.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }