@PHDTHESIS{ 2025:1096662409, title = {A inserção de práticas integrativas e complementares no ensino superior e os desafios enfrentados pela educação em ciências da saúde}, year = {2025}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7806", abstract = "As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) consistem em recursos terapêuticos, reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e que trazem uma abordagem humanizada e de autoconhecimento, integrada com a natureza, buscando promover, por meio de recursos simples, o equilíbrio entre corpo, mente e espírito. Para garantir uma implementação eficaz e qualificada, é fundamental que haja sua presença na formação de profissionais de saúde em nível superior, garantindo a oferta adequada à população. Entretanto, tal inserção no ensino superior é tema de ampla complexidade que traz para a discussão paradigmas epistemológicos distintos. Este estudo tem como objetivo geral compreender os desafios da inserção das PICS nos cursos de graduação da área de ciências da saúde humana, nas instituições de ensino superior públicas estaduais paranaenses. Em busca desses esclarecimentos, estabelecemos como objetos secundários a identificação da oferta e do perfil das disciplinas presentes nestas graduações, que abordem, pelo menos, uma das técnicas reconhecidas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) vigentes no Brasil. Além disso, buscamos compreender de que forma esses conteúdos são selecionados, com quais objetivos, bem como analisar os desafios que circundam o processo, fundamentados na Epistemologia da Complexidade. Ademais, verificamos, junto aos Conselhos de Classe das categorias envolvidas, a existência de normativas específicas que reconheçam e regulamentem essas especialidades como atribuições profissionais legalmente constituídas. A metodologia utilizada durante o processo investigativo foi a pesquisa descritiva documental. A análise foi constituída a partir da Análise de Conteúdo de Bardin. Com base na avaliação dos dados provenientes dos questionários, dos achados científicos e documentais, e na análise desses dados, são desenvolvidas compreensões e propostas sobre a complexidade do fenômeno, promovendo discussões acerca dos limites e das potencialidades da inserção das PICS na área da educação em ciências da saúde. Como fruto desse debate, identificamos inconsistências entre a PNPIC e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para o ensino superior dos cursos da área da saúde humana, no que se refere à inserção das PICS nos Planos xii Políticos Pedagógicos (PPP), bem como divergências em relação à regulamentação profissional emitida pelos conselhos de classe. A Farmácia foi o único curso que incluiu as PICS nas DCNs e nos PPP, ainda que de maneira incipiente. Dados cadastrais fornecidos pelo Conselho Regional do Estado do Paraná (CRF-PR), em novembro de 2023, evidenciam o perfil de farmacêuticos paranaenses que atuam nas PICS. A especialidade com maior número de profissionais atuantes legalmente no estado foi a Homeopatia. Em segundo lugar, temos a Acupuntura e, na terceira posição, aparece a Ozonioterapia. Nos demais cursos avaliados nesta pesquisa, não foi possível encontrar indícios que pudessem caracterizar a abordagem das PICS, com exceção do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – campus de Cascavel, o qual figura como único curso de Fisioterapia ofertado pelas Universidades estaduais paranaenses a possuir uma disciplina dedicada a abordar o conteúdo da PNPIC, ainda que superficialmente. Diante desse contexto, a perspectiva desta investigação é contribuir para uma formação profissional mais humanizada na área da saúde, estabelecendo um diálogo com a cultura científica, ampliando a criticidade sobre o processo e, dessa maneira, ir ao encontro do que estabelecem as diretrizes da saúde no Brasil.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Educação Matemática}, note = {Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas} }