@PHDTHESIS{ 2025:1592573778, title = {BRUNA SCHUMAKER SIQUEIRA HOMEOSTASE GLICÊMICA EM RATOS COM OBESIDADE HIPOTALÂMICA: INFLUÊNCIAS INTESTINAIS, VAGAIS E ESPLÊNICAS}, year = {2025}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7804", abstract = "A homeostase glicêmica depende do ajuste entre absorção intestinal da glicose, secreção e sensibilidade periférica à insulina. Na obesidade hipotalâmica induzida pelo tratamento neonatal com glutamato monossódico (MSG), há rompimento da homeostase glicêmica e hiperatividade vagal. Análogos da bombesina modulam as incretinas, o pâncreas endócrino e ainda podem ativar a via vagal. O nervo vago regula o metabolismo e a inflamação, respostas que envolvem a participação esplênica. A captação de glicose, motilidade e inflamação são influenciadas pela ativação de receptores ionotrópicos purinérgicos (P2X), um mecanismo desconhecido em ratos MSG-obesos. Objetivo: Caracterizar o perfil glicêmico de ratos MSG-obesos, explorando a contribuição dos mecanismos intestinais de absorção de glicose, os receptores P2X, o controle secretor de insulina e as influências vagais e esplênicas. Métodos: Ratos Wistar machos neonatos receberam MSG (4g/Kg) para indução da obesidade e Controles (não obesos) receberam solução salina equimolar. Os grupos foram separados em três delineamentos: (i) Aos 70 dias de vida, foram avaliados os efeitos do análogo a bombesina (Br-b) durante sobrecarga oral de glicose e em ilhotas pancreáticas isoladas; (ii) Aos 150 dias de vida, foi analisada a tolerância oral à glicose e a caracterização intestinal dos transportadores de glicose (SGLT1; GLUT-2 e 12) e receptores P2X4 e P2X7, além da secreção de insulina em ilhotas pancreáticas isoladas; (iii) Aos 150 dias de vida, ratos MSG-obesos, previamente (60 dias) vagotomizados e/ou esplenectomizados, foram analisados quanto à tolerância à glicose, secreção de insulina, registro da atividade vagal e histologia do pâncreas endócrino. Na eutanásia, foram realizadas medidas biométricas e de adiposidade, analisados os parâmetros plasmáticos de glicose, triglicerídeos, colesterol total, insulina, GLP1 e IL10 e calculadas a sensibilidade à insulina e a função da célula β. Resultados: Ratos MSG-obesos apresentam elevada adiposidade, hiperinsulinemia e resistência à insulina e redução de GLP1. A administração prévia do análogo Br-p reduziu a tolerância oral à glicose em ratos MSG-obesos e não obesos, tendo fraco efeito insulinotrópico em ilhotas pancreáticas de animais obesos. O tempo do pico glicêmico em ratos MSG-obesos é tardio, evento que pode estar relacionado a mudanças no perfil de distribuição intestinal dos transportadores de glicose (↑SGLT1 e GLUT12; ↓GLUT-2) e dos receptores P2X (↑P2X7; ↓P2X4). A vagotomia reduziu a adiposidade visceral, melhorando a sensibilidade à insulina e tolerância ao piruvato. A esplenectomia reduz a atividade vagal, sugerindo interações bidirecionais entre estes territórios, com repercussão sobre a deposição lipídica no pâncreas e sobre a secreção de insulina estimulada por glicose. Conclusões: A obesidade hipotalâmica induzida pelo MSG deteriora a homeostase glicêmica por mecanismos que envolvem menor sensibilidade à insulina, hipersecreção de insulina e mudanças na responsividade a peptídeos bombesina-símile. Alterações no perfil de distribuição dos transportadores de glicose (SGLT-1; GLUT-2 e 12) e dos receptores ionotrópicos (P2X4 e P2X7) no intestino podem estar contribuindo para o pico tardio de absorção de glicose neste modelo. Finalmente, interações vagais e esplênicas modulam a massa adiposa, a sensibilidade à insulina e o padrão secretor de insulina em ilhotas pancreáticas de ratos MSG-obesos.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biociências e Saúde}, note = {Centro de Ciências Biológicas e da Saúde} }