@PHDTHESIS{ 2025:568793528, title = {EFEITOS METABÓLICOS E TOXICIDADE DOS PESTICIDAS ATRAZINA E GLIFOSATO IN VIVO E IN VITRO}, year = {2025}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7803", abstract = "O aumento do número de evidências de toxicidade relacionadas aos pesticidas tem alertado a sociedade e a comunidade cientifica em relação aos riscos dessas substâncias para o ambiente e para a saúde. Entre os pesticidas mais utilizados atualmente estão os herbicidas atrazina e glifosato. Ambos podem agir como desreguladores endócrinos e causar alterações indesejáveis no metabolismo. O objetivo deste trabalho foi avaliar em um modelo animal os efeitos metabólicos da exposição a formulações comerciais de pesticidas durante janelas críticas para o desenvolvimento, bem como avaliar se ocorrem diferenças entre a formulação comercial e o princípio ativo isolado na indução de estresse oxidativo e expressão gênica em uma linhagem de hepatócitos humanos. Resultados de um primeiro trabalho evidenciaram que a exposição materna durante gestação e lactação ao Herbicida a Base de Glifosato (HBG) promoveu redução do ganho de peso corporal e dos estoques de gordura retroperitoneal e perigonadal na prole adulta de camundongos machos alimentados com dieta hiperlipídica (DH). Além disso, foi observado maior tolerância à glicose e sensibilidade à insulina, bem como menor grau de esteatose hepática. Em outro estudo, observou-se que camundongos machos e fêmeas expostos no período peripuberal ao herbicida a base de atrazina (HBA) na dose de 5 mg/kg de peso corporal e depois alimentados com DH por 90 dias, apresentaram respostas diferenciadas ao herbicida. Embora o peso corporal e a adiposidade tenham permanecido inalterados, os camundongos machos expostos ao HBA apresentaram hipertrofia dos adipócitos e upregulation de genes envolvidos na captação de ácidos graxos e na regulação de gotículas lipídicas no tecido adiposo perigonadal. Além disso, a exposição peripuberal ao HBA exacerbou a esteatose hepática em ambos os sexos, com aumento da acumulação ectópica de gordura em fêmeas, correlacionando-se com o aumento da expressão de genes que codificam proteínas envolvidas na captação e exportação de ácidos graxos. Em um terceiro estudo, avaliou-se a toxicidade diferencial entre o princípio ativo glifosato e o HBG em células HepG2. A exposição ao HBG resultou em aumento na produção de peróxido de hidrogênio mitocondrial, adicionalmente a análise de sequenciamento de RNA revelou 7371 genes diferencialmente expressos em comparação ao glifosato isolado, com destaque para vias relacionadas ao estresse oxidativo, estresse de retículo endoplasmático, autofagia e apoptose. A análise conjunta dos resultados demonstra que os HBG e HBA exibem potencial para agir como desreguladores endócrinos e obesógenos, respectivamente. Os efeitos observados variam de acordo com período de exposição e o sexo dos animais, evidenciando a complexa toxicidade desses compostos. O HBG demonstrou toxicidade ainda maior que o glifosato isolado em células HepG2. Esses resultados reforçam a necessidade de regulamentações mais rigorosas para pesticidas, enfatizando a importância de estudos que avaliem os efeitos a longo prazo, bem como a toxicidade de todos os ingredientes presentes nas formulações comerciais.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biociências e Saúde}, note = {Centro de Ciências Biológicas e da Saúde} }