@MASTERSTHESIS{ 2025:400827948, title = {Estigma em pessoas com HIV/Aids e implicações na adesão ao tratamento: um estudo de base comunitária}, year = {2025}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7767", abstract = "O estigma associado ao vírus da imunodeficiência humana (HIV) tem sido diferencialmente associado com a qualidade de vida, com impactos psicológicos, no acesso aos serviços de assistência, bem como menor adesão ao tratamento. A presente dissertação analisa as relações entre distintas formas de estigma experenciados pelas pessoas com HIV/AIDS (PVHA) com desfechos de saúde, especialmente no tocante à adesão ao tratamento para o HIV. Trata-se de um estudo de base comunitária, cuja amostra foi composta por 1.784 pessoas, com idades entre 18 e 76 anos (µ = 40,14±12,95) e vivendo com HIV, em média, por dez anos (µ = 10,61±8,76). Os participantes responderam à uma série de questões do projeto Stigma Index Brasil, incluindo medidas de estigma e discriminação, estigma internalizado, adesão ao tratamento para HIV/AIDS, dentre outras. Os dados foram analisados de modo descritivo (médias, desvios-padrão) e inferencial (testes de associação, comparações entre grupos e modelos de regressão). Em termos descritivos, notou-se que a maioria da amostra (n = 1125; 63,84%) reportou identidade de gênero masculina, seguida de feminina (n = 566; 32,12%) e transsexuais/não binários (n = 71; 4,02%). Ademais, houve maior representatividade de pretos, pardos, amarelos e indígenas (n = 1239; 69,68%). A prevalência de indivíduos que relataram perda de uma ou mais doses de terapia antirretroviral (TARV) foi de 25,45% (IC95%: 23,43–27,55%). Os fatores independentemente associados à não adesão à Terapia Antiretroviral (ART) incluíram menor idade (OR=0,982; IC95%: 0,966–0,998), estigma internalizado (OR=1,334; IC95%: 1,214–1,467) e estigma geral relacionado ao HIV (OR=1,049; IC95%: 1,004–1,097). PVHA entre 1 a 5 e 6 a 9 anos foram mais propensos a perder doses de TARV devido a preocupações relacionadas ao estigma (OR=1,854; IC95%: 1,094–3,140; aOR= 1,889; IC95%: 1,078–3,309, respectivamente). Indivíduos com boa saúde foram mais propensos a perder uma dose em comparação com aqueles com boa saúde autorreferida (OR=1,636; IC95%: 1,140–2,347). Finalmente, aqueles que atrasaram o início da medicação tiveram significativamente mais chances de perder doses no último ano (OR=1,940; IC95%: 1,190–3,162) em comparação com aqueles que iniciaram o tratamento imediatamente. Em resumo, este estudo mostrou que o risco de perder a medicação TARV é influenciado por vários fatores demográficos, clínicos e psicossociais, e os resultados podem ser úteis para serviços e políticas de HIV de várias maneiras.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde}, note = {Centro de Ciências da Saúde} }