@MASTERSTHESIS{ 2024:2064905792, title = {Relação peso-comprimento para peixes de água doce no Brasil: uma meta-análise}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7759", abstract = "Neste estudo, analisamos a relação peso-comprimento de diferentes espécies de peixes de água doce do Brasil, com o objetivo de identificar padrões de crescimento e possíveis adaptações ecológicas. Por meio de uma metanálise, foram avaliados os coeficientes alométricos a e b para 28 espécies. Os resultados indicaram que o formato corporal e o porte dos indivíduos influenciam significativamente os padrões de crescimento. Espécies com corpo alongado e fusiforme, como Acestrorhynchus microlepis, apresentaram predominantemente crescimento alométrico negativo ou isométrico. Em contraste, espécies com morfologia robusta ou lateralmente comprimida, como Serrasalmus rhombeus, mostraram tendência ao crescimento alométrico positivo, caracterizado por um aumento mais acentuado no peso em relação ao comprimento. Peixes de grande porte, como S. rhombeus, exibiram crescimento mais acelerado em massa corporal, enquanto espécies de pequeno porte, como Corydoras paleatus, demonstraram crescimento mais proporcional, refletindo estratégias distintas de alocação de recursos. De maneira geral, piscívoros apresentaram maiores tamanhos corporais, favorecidos por uma dieta rica em proteínas e alto valor energético, o que resultou em crescimento alométrico positivo. Por outro lado, herbívoros, que consomem alimentos de menor valor calórico e digestibilidade variável, tenderam a apresentar crescimento próximo ao isométrico, evidenciando uma adaptação voltada à eficiência no aproveitamento dos recursos disponíveis. Além disso, observou-se que a presença de cuidado parental está associada a um maior desenvolvimento corporal, como exemplificado por Metynnis lippincottianus e A. microlepis. Concluímos, portanto, que fatores como formato corporal, porte, estratégias reprodutivas e tipo de alimentação influenciam diretamente os coeficientes a e b da relação peso-comprimento. Espécies de grande porte e morfologia robusta tendem a apresentar alometria positiva, enquanto espécies menores se aproximam da isometria. A estratégia alimentar destacou-se como o fator mais determinante, com piscívoros exibindo valores mais elevados de b e detritívoros apresentando variações significativas no coeficiente a, reforçando a influência dos aspectos ecológicos nos padrões de crescimento.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca}, note = {Centro de Engenharias e Ciências Exatas} }