@MASTERSTHESIS{ 2025:1992146586, title = {Marcas à flor da pele: compreensão de professoras, pedagogas e estudantes sobre autolesões nas adolescências}, year = {2025}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7734", abstract = "A autolesão é definida como um comportamento de violência autoprovocada e intencional, que pode se manifestar com ou sem a presença de ideação suicida. Estudos de prevalência indicam que adolescentes são particularmente vulneráveis a esses comportamentos. A autolesão é um fenômeno complexo que apresenta funções diversas para cada pessoa e diferentes abordagens interpretativas por parte de pesquisadores e da sociedade. É frequentemente carregada de grande estigma familiar e social. Nesta pesquisa, focamos na compreensão de professoras, pedagogas e estudantes adolescentes acerca dos comportamentos de autolesão no período das adolescências. Por objetivo geral, buscamos analisar como essas pessoas compreendem e agem diante de comportamentos de autolesão em adolescentes, considerando o período da adolescência a faixa etária dos 10 aos 19 anos. A pesquisa é de finalidade básica, com abordagem qualitativa e de caráter descritivo e exploratório. Para a coleta de dados, foram realizadas 18 entrevistas semiestruturadas, envolvendo 2 pedagogas, 4 professoras e 12 estudantes. A análise dos dados foi descritiva, incluindo uma questão analisada por meio da técnica do Discurso do Sujeito Coletivo, que possibilitou a apresentação da compreensão acerca da construção subjetiva dos sentidos atribuídos por professoras, pedagogas e estudantes aos comportamentos de autolesão. A pesquisa foi realizada no município de Foz do Iguaçu, Paraná, em duas escolas públicas estaduais, abrangendo turmas do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e do Ensino Médio (1º ao 3º ano). Dentre os 12 participantes adolescentes, foram incluídos 6 com histórico de comportamentos autolesivos e 6 sem esse histórico. Como resultados, obtivemos um detalhamento das situações vivenciadas pelas participantes da pesquisa no ambiente educacional e sua compreensão dos diversos aspectos que influenciam esses comportamentos, destacando os desafios enfrentados pelas escolas para manejar essas situações. As autolesões foram associadas a dinâmicas familiares conflituosas, bullying, imposições sociais normativas, discriminações e questões relacionadas às identidades de gênero e sexualidade. Os dados revelam um cenário marcado por sofrimento emocional, exclusão social e falta de suporte no ambiente escolar, evidenciando a necessidade de capacitações específicas para a equipe escolar, o fortalecimento de redes de apoio e a integração entre educação e saúde pública. Como produto gerado da pesquisa foi desenvolvido um jogo de cartas educativo, que visa fomentar diálogos e reflexões sobre autolesão e outras formas de violência, com o objetivo de aprofundar o conhecimento e apresentar os resultados do estudo de forma prática à comunidade. A pesquisa reafirma a urgência de transformar as escolas em espaços de cuidado e construção de redes multidisciplinares que considerem a complexidade das adolescências e das autolesões.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ensino}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }