@MASTERSTHESIS{ 2024:1426054305, title = {PRODUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO BIOQUÍMICA DE L-ASPARAGINASE PRODUZIDA POR FUNGOS FILAMENTOSOS ISOLADOS DA MATA ATLÂNTICA}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7725", abstract = "A enzima L-asparaginase (L-asparagina amidohidrolase, EC 3.5.1.1) é empregada no tratamento de leucemias, notavelmente a Leucemia Linfoide Aguda (LLA), além de encontrar aplicação na indústria de alimentos para mitigar a formação de acrilamida. No entanto, a L-asparaginase disponível para indústria farmacêutica é de origem bacteriana, o que resulta em efeitos adversos e prejudica a eficácia terapêutica. Diante disso, este estudo buscou rastrear fungos filamentosos isolados de fragmento da mata Atlântica do Oeste do Paraná, com o objetivo de identificar um produtor de L- asparaginase. A seleção de fungos produtores de L-asparaginase foi executada utilizando metodologias em meio sólido e líquido. O fungo escolhido passou por avaliação em relação ao meio e tempo de cultivo, fontes de carbono, nitrogênio e suplementação de aminoácidos, a fim de determinar sua influência na atividade enzimática. Empregou-se um delineamento estatístico de Plackett-Burman para investigar os efeitos de sete variáveis na produção de L-asparaginase, seguido por um planejamento de composto central rotacional com 27 ensaios. Além disso, realizou-se a caracterização bioquímica da enzima presente no extrato bruto, definindo as condições ideais de temperatura e pH, bem como procedeu-se à purificação por meio de cromatografia de exclusão molecular, seguida da caracterização bioquímica da enzima. Os cinco fungos avaliados no screening em placa, demostraram ser produtores de L-asparaginase. A partir dos experimentos de fermentação submersa, destacou-se o fungo Cunninghamella echinulata PA3S12MM como capaz de sintetizar a L-asparaginase, com atividades de 4,79 U/mL e 2,70 U/mL em seus extratos extracelular e intracelular, respectivamente. O meio de cultura de Czapek revelou-se mais adequado para a produção otimizada de L-asparaginase com 120 horas de cultivo. As condições ótimas de cultivo foram estabelecidas por meio de planejamento Plackett-Burman, seguido pelo delineamento composto central rotativo (DCCR). A atividade enzimática máxima (7,14 U/mL) foi obtida após 120 horas de cultivo a 28 °C, com suplementação de 7% de glicose, 1,5% de pena de galinha e 0,15% de prolina. A faixa ideal para a atividade da enzima no extrato bruto foi em pH 5,0 à 60 °C. A purificação parcial da enzima foi alcançada através de cromatografia de exclusão molecular seguida por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), resultando em um fator de purificação de 10,4 vezes e uma recuperação de 0,2 %. A atividade máxima da enzima parcialmente purificada foi observada em pH 7,0 e temperatura de 85 ºC, além de apresentar estabilidade na faixa de pH 4-6 e termoativação aos 30 minutos de incubação à 95 ºC. O composto beta-mercaptoetanol aumentou a sua atividade enzimática em 72,1 %. Os valores aparentes de Km e Vmax para hidrólise da asparagina foram 0,011 mmol L−1 e 126,5 mmol L-1 min-1, respectivamente. Em conclusão, os resultados evidenciam o fungo C. echinulata PA3S12MM como um potencial produtor de L-asparaginase, a ser explorado em estudos da medicina translacional e para verificar a mitigação de acrilamida em alimentos.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas}, note = {Centro de Ciências Médicas e Farmacêuticas} }