@MASTERSTHESIS{ 2024:1293464032, title = {Protagonismo juvenil na contrarreforma do ensino médio (lei 13.415 de 2017) em Santa Catarina: formação da juventude para o trabalho flexível}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7699", abstract = "Este trabalho está vínculado à Linha de Pesquisa Sociedade, Conhecimento e Educação, do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), e tem como objeto de estudo o protagonismo juvenil no Novo Ensino Médio (NEM) no estado de Santa Catarina. Tratar sobre desse assunto requer discutir a questão do protagonismo. Para isso, foi preciso compreender como o neoliberalismo foi construído e constituído como doutrina socioeconômica hegemônica, que atualmente se reflete não somente na economia, mas também na sociedade, na cultura, na educação e em outros setores. O neoliberalismo formou novos modos de comportamentos e de relações sociais, incidindo, desse modo, no protagonismo juvenil. O trabalho ainda remonta os modelos produtivos que o capitalismo passou, a exemplo do taylorismo/fordismo e do toyotismo, também denominado de produção e acumulação flexível, que permanece até os dias atuais. O neoliberalismo e a sociedade flexível inserem-se na educação brasileira, executando reformas, principalmente de cunho curricular. Chama-se a atenção para a reforma do Ensino Médio, denominada contrarreforma por alguns autores, como Ramos e Frigotto (2016), legitimada pela Lei n.º 13.415/2017, que conta com o apoio da Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio (BNCCEM) para estabelecer o currículo. O NEM está repleto de ideais protagonistas para formação do projeto de vida dos estudantes, assim como retoma a formação voltada para a construção de competências e habilidades, aspecto altamente difundido na décadda de 1990, mesmo período em que o neoliberalismo avançava. Considerando todo esse contexto, o objetivo desta dissertação foi analisar o protagonismo juvenil nos documentos do NEM, elaborados pela Secretaria de Educação de Santa Catarina. Como metodologia, trata-se de uma pesquisa documental a partir do Currículo Base do Ensino Médio do Território Catarinense: Caderno 1 – disposições gerais (2021) e dos Roteiros Pedagógicos do Componente Projeto de Vida (2021). Os autores utilizados foram Dardot e Laval (2016), Ianni (1998), Ibarra (2011), Harvey (1992, 2008) entre outros, para tratar de mudanças político econômicas e neoliberalismo. Zibas, Ferreti e Tartuce (2006), Souza, R. M. (2006, 2009), Siqueira (2021), Silva (2018), Quadros (2020) e outros contribuiram com as reflexões acerca da contrarreforma do Ensino Médio e da expressão protagonismo juvenil. Outros teóricos foram mobilizados para fundamentar as discussões sobre taylorismo, fordismo, toyotismo, organismos internacionais, organizações do Terceiro Setor, mudanças/reformas curriculares ocorridas no Brasil desde a década de 1990 e o avanço neoliberal. Como resultados, verificou se que a contrarreforma do Ensino Médio e a sua ênfase no protagonismo juvenil, aliado com a construção dos projetos de vida, empreendedorismo e a formação de competências e habilidades, correspondem aos interesses neoliberais e mercadológicos para uma adaptação à sociedade de capitalismo flexível, como uma possível solução para o desemprego estrutural.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Ciências Humanas} }