@MASTERSTHESIS{ 2024:1492090560, title = {Política, nação e imperialismo nos séculos XIX e XX: diálogos com Johanna Cohn Arendt}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7681", abstract = "Para compreender o processo de criação do Estado de Israel buscamos a origem dos conceitos e o processo histórico envolvido. Quando o movimento sionista surgiu, afirmando o desejo de uma nação sua, foi importante buscar a origem desse termo. Arendt discute como esse conceito se transformou na Europa (de um grupo com idioma, genealogia e costumes comuns para um conceito moderno baseado em território, língua, história e cultura). Essa mudança influenciou o antissemitismo e a criação de um Estado-nação homogêneo. Nos séculos anteriores ao XIX, o povo judeu mantinha isolamento cultural, não se incorporando à cultura no local em que viviam, era uma cultura dentro de outra. Quanto maior a consolidação de uma cultura homogênea, maior o isolamento do povo judeu. No aspecto econômico, os judeus, não faziam parte da nobreza, mas tinham posição social destacada, pois eles financiavam os reis e a nobreza onde viviam. O surgimento do Imperialismo modificou isso. O modelo de gestão do Estado surgiu a partir do Sec XIX e buscava, mais que o controle do território, novos mercados e oportunidades. No início do imperialismo, que coincide com o surgimento da industrialização, o financiamento dos judeus foi importante, entretanto, com a expansão dos negócios, esta dependência deixou de existir. Para manter o destaque do império e seus cidadãos, o imperialismo impulsionou pensamentos racistas e desumanizou as populações colonizadas. Junto com a perda de prestígio junto as elites, o isolamento étnico-cultural dos judeus os colocou mais expostos ao movimento racista antissemita. Segundo Arendt, o sionismo surgiu nesse contexto e, junto à elite financeira judaica, implementou o projeto de criação da nação judaica. Somando o conceito de Terra Prometida e a necessidade de um território, o sionismo, com apoio das principais nações imperialistas (Grã-Bretanha, EUA e França), estimulou a emigração de judeus na Palestina, onde já havia outros povos. Arendt, opositora do antissemitismo, foi deportada da Alemanha e depois fugiu da França para os EUA quando da ocupação nazista, e posicionou-se contrária a algumas ideias dos sionistas e, principalmente, da forma de agir. Com a influência do sionismo e das principais nações do pós-guerra, o Estado de Israel foi criado pela ONU, apesar da oposição dos povos árabes da região. Assim, surgiram novos conflitos (terrorismos e guerras) e uma clara política colonialista por parte do Estado de Israel. Para Arendt, não haveria uma nação judaica livre se ela não considerasse e respeitasse a população árabe da região. Para ela, a ideia de dois povos vivendo em harmonia seria uma necessidade. Ao compreender as raízes históricas e as dinâmicas políticas do conflito vemos que as ideias de Hanah Arendt continuam atuais.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }