@PHDTHESIS{ 2024:1379230509, title = {Os multiletramentos e a produção e reescrita textual nos anos iniciais: reflexões colaborativas em formação continuada}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7677", abstract = "Tendo em vista que a língua vive e evolui historicamente, a maneira como os sujeitos interagem por meio de textos orais e escritos também sofre modificações significativas, principalmente em uma sociedade cada vez mais tecnológica como a que vivemos. Foi pensando nas práticas de ensino de produção textual na era digital, que levantamos o seguinte questionamento: Em que medida uma formação continuada colaborativa para professores dos anos iniciais, considerando as TDIC, os multiletramentos e a concepção dialógica-interacionista, pode contribuir para o desenvolvimento da produção textual e reescrita em suas aulas? À vista dessa indagação, defendemos a tese de que a formação continuada crítico-colaborativa, voltada ao trabalho com as práticas de ensino da escrita e reescrita, na perspectiva dos multiletramentos, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, pode oportunizar aos docentes momentos de reflexões a fim de potencializar a troca de conhecimento e auxiliá-los no encaminhamento de produções textuais com fins interativos e tecnológicos, para circulação em distintos contextos. À vista disso, a presente tese teve como objetivo analisar os resultados de uma proposta de Formação Continuada Crítico-colaborativa sobre a prática de produção textual e reescrita na perspectiva dos multiletramentos, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, visto que os documentos norteadores da educação apresentam a necessidade de o docente ter domínio tecnológico para o desenvolvimento de práticas multiletradas em sala de aula e como objetivos específicos i) Verificar possíveis usos das TDIC no ensino da produção textual e reescrita, nos anos iniciais; ii) Identificar se há e quais são as dificuldades pedagógicas para as práticas de escrita e reescrita textual nos anos iniciais, considerando as orientações dos documentos oficiais referentes aos multiletramentos; iii) Analisar como os professores responderam às reflexões teórico-metodológicas ancoradas na concepção dialógica da linguagem e nos multiletramentos para a escrita e reescrita de textos, durante a FC; e iv)Verificar, em que medida, houve contribuição da proposta de FC colaborativa, no trabalho dos professores com a produção textual e reescrita utilizando TDIC, na perspectiva dos multiletramentos. Nossa pesquisa está pautada na concepção de linguagem dialógica e interacionista, respaldando-nos nos estudos do Círculo de Bakhtin (Bakhtin, 1997[1979]; Bakhtin/Volochínov, 2014[1929]), bem como nos estudos sobre multiletramentos (Rojo e Cordeiro, 2004; 2009; 2012; Rojo e Barbosa, 2015; Rojo e Moura, 2019) e nas ações formativas colaborativas propostas por Magalhães (2004) e Liberali (2004), buscando, por meio de um processo de formação continuada crítico- colaborativo, contribuir com a prática de ensino dos docentes dos anos iniciais, no que tange à escrita e reescrita nessa fase de ensino. Metodologicamente, inserimos a investigação na área da Linguística Aplicada, no campo da etnografia, em uma perspectiva da Pesquisa Ação-crítico-colaborativa (Magalhães, 2004); (Liberali, 2004); (Pimenta, 2005). Organizamos as ações de geração de dados em três etapas de execução, sendo elas: diagnóstico inicial, ação colaborativa e diagnóstico final, tendo em vista a organização de pesquisa proposta em Turkiewicz (2016) e Rossi (2019) e adotamos como Organização Didático-Formal os quatro momentos citados por Magalhães (2004) e Liberali (2004), sendo eles: a) descrever; b) informar; c) confrontar e; d) reconstruir. A atividade de formação continuada crítica-colaborativa ocorreu por meio de um projeto de extensão intitulado Práticas de produção e reescrita multiletradas nos anos iniciais, desenvolvido de julho a dezembro de 2023, com 50 horas, junto a 34 professores de uma escola pública, municipal, do Oeste do Paraná. Os resultados das ações de FCC possibilitaram verificar que ainda persiste a falta de clareza conceitual dos docentes participantes sobre os multiletramentos atrelados ao ensino da produção e reescrita textual, bem como sobre a concepção dialógica de linguagem, perspectiva esta que fundamenta o ensino de Língua Portuguesa nos documentos norteadores da educação básica. No que se refere às etapas de produção textual, evidenciamos que a reescrita ainda não ocorre de maneira efetiva, alinhada às proposições interacionistas e, quando acontece, é a reescrita coletiva a estratégia empregada pelos docentes. Os resultados que obtivemos a partir da triangulação dos dados evidenciaram mudanças pontuais, mas entendemos que as reflexões e problematizações desenvolvidas no campo de pesquisa puderam fomentar nos participantes curiosidade e autoavaliação no encaminhamento da produção e reescrita textual atrelada aos multiletramentos e instigar a busca e o desenvolvimento crítico de atividades que visem um processo interativo por meio da escrita nos espaços convencionais e virtuais.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }