@PHDTHESIS{ 2024:226462167, title = {Geografia econômica do SUS brasileiro: avanços, crises e o papel do Estado}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7583", abstract = "A presente tese analisa a relação entre as políticas de Estado, economia e avanços e crises no Sistema Único de Saúde entre os anos de 2000 a 2024. O papel do Estado na criação das condições propicias a organização produtiva industrial e na criação dos sistemas públicos de saúde são centrais na análise. A hipótese central é que o Estado, ao organizar a conjunção de fatores como descobertas tecno científicas na produção industrial química como a produção de medicamentos e equipamentos de saúde, juntamente com a criação de sistemas de saúde para implementar políticas de controle de doenças, foi e é o principal responsável pelo desenvolvimento do setor da indústria da saúde. A tese com base em ampla bibliografia e uso de dados sobre a saúde, foi possível demonstrar que os Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável por um conjunto de melhorias sociais que podem ser medidas com diferentes variáveis;1- redução de doenças; aumento na expectativa de vida; redução da taxa de mortalidade infantil; redução de doenças; controle sanitário; 2- ampliação de infraestrutura física em saúde sendo as Unidades Básicas de Saúde, Postos de Saúde, Hospitais, leitos: ampliação do SUS pelo território e cobertura da atenção básica, média e alta complexidade; 3- em educação e saúde: aumento e cobertura assistencial de saúde; de profissionais da saúde, médicos, enfermeiros, odontólogos, farmacêuticos e técnicos de enfermagem que permite a criação de novas Equipes de saúde da Família (ESF); 4- em políticas industriais do Complexo Econômico Industrial da Saúde (CEIS); expandir a produção nacional de itens prioritários para o SUS, reduzindo a dependência de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos de saúde estrangeiros; na economia: gerando empregos e aumentando a produção nacional. Também refletimos sobre os efeitos da crise política econômica que se iniciou em 2014 afetou os investimentos em saúde, mostrando que entre 2015 a 2022, período no qual os governos adotaram políticas de austeridade com a redução do gasto público per capita diminuiu, afetando a capacidade do SUS de atender à população, aumentando as disparidades no acesso aos serviços de saúde, aprofundado com a aprovação do Teto de Gastos. Entre 2016 a 2022, os investimentos em saúde pública caíram 64%, passando de R$ 16,8 bilhões para R$ 6,4 bilhões. Pandemia de COVID-19: desabastecimento desde itens básicos aos mais complexos para o enfrentamento da pandemia. Durante a pandemia, medidas foram tomadas e houve um aumento temporário dos recursos destinados à saúde, no entanto, esses recursos, fruto de medidas extraordinárias, perderam efeito tão logo foi declarado o fim da emergência pandêmica. Esses fatores combinados mostram como a crise política e econômica afetou negativamente os investimentos em saúde no Brasil, resultando em desafios significativos para o sistema de saúde pública. Com a mudança política ocorrida em 2022/23, inaugura-se um novo projeto de Estado, voltado a retomada e a criação de novos projetos para a saúde; O Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, que visam investimentos de R$ 42 bilhões até 2026 na área de saúde.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Geografia}, note = {Centro de Ciências Humanas} }