@PHDTHESIS{ 2024:2046533520, title = {“Nós queremos ficar é aqui e daqui nós não vamos sair”: histórias, memórias e lutas de quilombolas no Vale do Rio Guaribas-Piauí (2003-2023)}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7567", abstract = "A tese compreende uma análise crítica sobre as histórias, narrativas e memórias de duas comunidades quilombolas no território Vale do Rio Guaribas, semiárido piauiense. Aborda temas como a luta pela terra, o direito à regularização das terras, etnicidade, conflitos, militância, ações governamentais e a cultura no cotidiano desses quilombos. Aborda questões que estão presentes no cotidiano desses quilombos, como a luta pela terra, o direito à regularização das terras, etnicidade, conflitos, militância, ações governamentais e a cultura. O recorte temporal inicia-se em 2003, ano em que o Governo do Piauí, em consonância com diretrizes nacionais, lançou projetos voltados para as Comunidades Negras Rurais. O objetivo do estudo foi investigar os conflitos, tensões, dilemas e memórias sobre a escravização, bem como o cotidiano sociocultural estabelecido nos quilombos Custaneira e Mutamba. Analisamos a situação da posse das terras, discutimos a configuração de poderes na região e a articulação política dos moradores para acessar projetos do governo do Estado voltados para as populações quilombolas. A coleta de dados foi realizada por meio da produção de entrevistas nas duas comunidades quilombolas. Além disso, foram utilizadas como fontes: imagens fotográficas, relatórios, legislações e decretos relacionados aos quilombos, bem como trechos de entrevistas concedidas à imprensa por lideranças quilombolas, notícias publicadas em veículos de comunicação do EMATER-PI e no Diário Oficial do Governo do Piauí. Os quilombos do Vale do Rio Guaribas são historicamente marcados por memórias de subjugação de seus habitantes em relação aos proprietários de terras. Atualmente, cientes de seus direitos, eles organizam-se coletivamente contra os desmandos dos fazendeiros, mobilizam-se contra todas as formas de opressão e lutam para garantir a regularização fundiária das terras que habitam. Portanto, a memória, a história e a cultura de seus antepassados formam a base sólida para a reivindicação de seus direitos como legítimos proprietários e trabalhadores da terra que sempre habitaram. Os quilombolas do semiárido piauiense reafirmam que suas identidades são formadas na luta e, por conta disso, continuam buscando e conquistando reconhecimento e justiça.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras} }