@MASTERSTHESIS{ 2024:698697587, title = {O “milagre da liberdade política” segundo Hannah Arendt}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7566", abstract = "Esta dissertação tem como tema a liberdade política como milagre, na forma como é abordada pela pensadora contemporânea Hannah Arendt. O problema norteador desta pesquisa consiste em compreender como o conceito de milagre emergiu na teoria arendtiana, objetivando compreender seu significado específico e refletir sobre a sua atualidade. Como objetivos específicos, estabelecemos analisar o conceito de natalidade como possibilidade do milagre; apontar a ação como precursora do milagre e explicá-lo enquanto resultado da política da diversidade. Mediante a pesquisa bibliográfica, apresentarmos a interpretação filosófica da autora sobre liberdade política como milagre, orientando-nos, principalmente, pelas obras: “O conceito de amor em Santo Agostinho”; “A Condição humana” e nos artigos “Que é liberdade?” e “Liberdade para ser livre”. Interpretamos que, por meio do nascimento humano no mundo, a natalidade representa a capacidade inerente de iniciar algo novo, rompendo com o determinismo do passado e abrindo espaço para a ação, a liberdade e a imprevisibilidade no campo das relações humanas e políticas. Destacamos que, para Arendt, a noção de natalidade, diferente da noção simples de nascimento orgânico, ao possuir o caráter de inédito, pode ser vista como um milagre. Observamos que, ao longo do desenvolvimento do pensamento arendtiano, o conceito passa a ser empregado ao contexto político para explicar que, mediante a natalidade política, o ser humano adquire a possibilidade de realizar o milagre político, ou seja, ele torna-se capaz de algo totalmente novo a partir de ações que nascem no interior da pluralidade, desencadeando novidades que impactam tanto a vida política quanto a privada. Na perspectiva arendtiana, o desenvolvimento da atividade de ação política se dá por meio da pluralidade, na qual cada ser humano, apesar de possuírem diferenças, são considerados iguais em dignidade, gerando assim a possibilidade do milagre. Concluímos que o milagre na política equivale a liberdade da política, portanto, de certa forma, esse seria o milagre da pluralidade, o milagre da ação de iguais na diferença. O milagre é capaz de salvar o mundo da ruína totalitária, pois está estritamente ligado ao amor mundi, logo está atrelado à manutenção e à preservação do mundo das aparências e da pluralidade humana.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }