@MASTERSTHESIS{ 2024:309748971, title = {Uso de agregados reciclados de concreto em substituição ao agregado graúdo natural na produção de concretos estruturais}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7563", abstract = "A construção civil gera muitos resíduos devido ao desperdício em métodos convencionais. Em 2021, foram coletadas 48,375 milhões de toneladas de resíduos no Brasil, majoritariamente cerâmicos e cimentícios (concretos e argamassas). O concreto, produzido em centrais dosadoras de concreto, possui benefício pela padronização e consequente confiabilidade das misturas, alinhadas aos parâmetros de projeto. Contudo, as sobras de material geram resíduos sólidos destinados a aterros sanitários. Em uma central dosadora com produção mensal de 3 mil m³, estima-se a geração de 2,5 a 3 m³/dia de resíduos, cerca de 7 toneladas diárias apenas em uma central dosadora oeste do Paraná. Este trabalho utiliza, resíduos de concreto como substitutos dos agregados graúdos naturais (britas) em concretos estruturais. Resíduos de concreto provenientes de uma central em Toledo/PR foram coletados e triturados obtendo agregados com dimensão máxima característica de 19 mm. As taxas de substituição de agregados naturais por agregados reciclados foram de 5%, 10%, 15%, 20%, 50%, 75% e 100%. Sua viabilidade foi analisada através dos ensaios mecânicos e de durabilidade. Foram realizados ensaios de granulometria, quantidade de material pulverulento, absorção de água, abatimento de tronco de cone, compressão uniaxial, tração por compressão diametral, velocidade de pulso ultrassônico e carbonatação. Os concretos foram dosados conforme o método IPT/USP, relacionando consumo de cimento, resistência à compressão e abatimento, fornecendo então diagramas em diferentes percentuais de substituição, estabelecendo base para utilização dos referidos traços de concreto pelas usinas de concreto, e suas respectivas características citadas anteriormente. O agregado reciclado de concreto se mostrou mais lamelar, podendo ter influenciado características como resistência a compressão. O abatimento ficou na faixa de 160±20mm e por isso, todas as misturas com substituição necessitaram uso de aditivos para alcance de abatimento. A massa específica do concreto no estado fresco foi influenciado, sendo reduzida em maiores teores de substituição. Na resistência a compressão, traço pobre teve aumento de resistência até 20% de substituição, com posterior redução. Para o traço rico houve redução em todos os traços, porém, não superiores a 29,4%. No traço intermediário, os valores oscilaram entre aumento e redução de resistência, não ultrapassando 21% de redução. A qualidade do concreto possuiu qualidade muito fraca para o traço de 50% de substituição em traço pobre. Os demais ficaram com velocidades de pulso ultrassônico acima de 2,98 km/s. A profundidade de carbonatação na superfície teve valor máximo de carbonatação com 20% de substituição e foi de 18mm, porém, os agregados reciclados são mais porosos, gerando frentes mais suscetíveis a ataques por gás carbônico. A substituição de 100% gerou concretos com significativa redução de resistência para os três traços, sendo que para o traço pobre, isso ocorreu após 20% de substituição. Para os traços intermediário e rico, até 75% a redução se tornou menos significativa. Desse modo, a minimização de resíduos descartados, a redução de emissão de CO2 e a diminuição na extração de matéria prima, tornam as substituições ambientalmente positivas.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais}, note = {Centro de Engenharias e Ciências Exatas} }