@PHDTHESIS{ 2024:1091731886, title = {Nietzsche e o antagonismo ao pecado.}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7541", abstract = "Esta tese apresenta o pensamento de Nietzsche sobre o pecado. Os argumentos utilizados pelo filósofo para expressar seu antagonismo à noção de pecado movimentam a discussão filosófica a respeito dessa temática. Em virtude da dimensão dessa crítica no âmbito dos escritos de Nietzsche, esta pesquisa se direciona ao conjunto de sua obra, incluindo suas anotações privadas. Observando as reflexões do filósofo manifestas de Humano, demasiado humano (1878) ao Crepúsculo dos ídolos (1888), investigamos se a sua concepção sobre a inocência do homem pode ser compreendida como uma contraposição à noção de pecado. Visando analisar adequadamente essa questão, contextualizamos, primeiramente, a interpretação do filósofo alemão a respeito do cristianismo. Em seu entendimento, o cristianismo deturpou o sentido da vida ao projetar o ideal de vida eterna. Analisando as principais divergências entre o seu pensamento e os imperativos cristãos, vemos as circunstâncias de sua oposição ao pecado. Na segunda parte da tese, investigamos aspectos da perspectiva cristã a respeito do pecado. Observando a relevância do pensamento de Agostinho no contexto das discussões filosóficas sobre o tema e a crítica de Nietzsche aos seus argumentos, analisamos também os escritos do filósofo cristão que versam sobre o pecado, sobre o livre-arbítrio e a importância de sua interpretação a respeito do pecado original. Pesquisamos essas concepções de Agostinho expressas, sobretudo em O livre-arbítrio; A cidade de Deus; Confissões; O Sermão da montanha e em A graça de Cristo e o pecado original. A partir dessas investigações vemos que, se para Nietzsche todas as existências são inocentes, para Agostinho, o homem já nasce pecador. Enquanto o filósofo cristão acredita no pecado como uma verdade absoluta, o filósofo alemão interpreta o pecado como uma invenção do cristianismo. Na terceira parte da tese, analisamos mais detalhadamente a perspectiva de Nietzsche sobre o pecado. Tomando o pecado como uma doença que implica em degeneração fisiológica, o filósofo procede a uma genealogia do pecado, questiona a sua procedência, indica os seus efeitos nocivos e destrói os seus alicerces. Disposto por impulsos criativos que considera mais elevados, o filósofo não só expressa os aspectos negativos do pecado, como também anuncia a sua hipótese sobre a inocência do homem. Na última parte da tese, investigamos a concepção de Nietzsche sobre a inocência e os pressupostos que evidenciam seu antagonismo ao conceito de pecado. Apresentada como parte de seu destino filosófico, a perspectiva do filósofo alemão sobre a total inocência do homem instiga o debate a respeito dos conceitos de livre-arbítrio e de pecado. Entendemos que a perspectiva de Nietzsche sobre a inocência revela seu antagonismo ao conceito de pecado.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }