@PHDTHESIS{ 2024:1761370262, title = {Atitudes de docentes sobre o ensino de língua portuguesa em escolas do campo: considerações sobre a pedagogia da variação linguística}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7491", abstract = "Esta pesquisa teve como objetivo geral identificar as atitudes linguísticas de docentes de Língua Portuguesa de escolas do campo do Oeste e Noroeste do Paraná. Partimos das seguintes perguntas de pesquisa: i) Quais conhecimentos, crenças e avaliações são acionados por docentes de Língua Portuguesa de escolas do campo sobre a realidade sociolinguística da comunidade, sobre variação linguística e sobre o ensino da Língua Portuguesa?; ii) Quais tendências de ação as docentes, sujeitos da pesquisa, expressam, ou quais ações efetivas desenvolvem na perspectiva da pedagogia da variação linguística? A partir dessas perguntas, lançamos as seguintes hipóteses iniciais: 1) Os conhecimentos, as crenças e as avaliações acionadas por docentes podem estar relacionados à visão escolarizada da língua, vinculada à noção de prestígio da norma-padrão em relação às variantes presentes na comunidade; 2) As tendências de ação ou as ações efetivas das docentes podem estar intimamente relacionadas aos conhecimentos, às crenças e às avaliações que elas expressam como docentes em sala de aula. Os pressupostos teóricos basilares à pesquisa compreendem discussões acerca dos conceitos de língua e variação linguística, com base em autores como Calvet (2002), Tarallo (2005), Bagno (2007; 2008), Labov (2008), Faraco (2008), Cavalcanti (2015) e Faraco (2015); das atitudes linguísticas, a partir de autores como Lambert e Lambert (1968), Bem (1973) e Moreno Fernández (2009), além dos conceitos de estereótipo, preconceito e estigma, com base principalmente em Goffman (1988), Bagno (1999) e Botassini (2013); e da pedagogia da variação linguística, com base em Bortoni-Ricardo (2004; 2005), Faraco (2008; 2015), Mollica (2010) e Faraco (2015). A metodologia utilizada se caracteriza como qualitativa – embora utilizemos alguns dados percentuais –, de cunho interpretativista, pois permite um olhar para atitudes emanadas por docentes a respeito do ensino de Língua Portuguesa em escolas do campo, tendo em vista a complexidade histórica, social e cultural das variedades linguísticas das comunidades em que atuam. O estudo tem como corpus os dados coletados por meio de questionário on-line (Google Forms), aplicado a seis docentes, nas localidades de Tupãssi (duas escolas), Marechal Cândido Rondon (uma escola) e Quarto Centenário (uma escola), totalizando quatro escolas do campo. A partir dos dados das seis docentes, organizados em três blocos, analisamos as atitudes manifestadas por elas, observando as variáveis faixa etária, tempo de serviço e a localidade em que atuam. Com a análise do primeiro bloco, notamos que pode haver, nas escolas do campo, algumas dificuldades em relação à abordagem da variação linguística no ensino e na aprendizagem do português, na perspectiva da pedagogia da variação linguística. No segundo bloco, analisamos os componentes cognoscitivo e afetivo, ligados às crenças e avaliações das docentes com relação ao ensino de língua portuguesa e da variação linguística. Finalmente, no terceiro bloco, examinamos o componente conativo (atitudinal), ligado a ações efetivas ou a tendências de reação. Observamos avanços em relação à forma de conceber a língua, a variação linguística e o ensino do componente curricular Língua Portuguesa, mas também a persistência de algumas crenças que ecoam visões e práticas tradicionais de língua e de ensino de língua. Por fim, destacamos que as variáveis faixa etária, tempo de serviço e local de atuação, na maioria das vezes, parecem não ser relevantes no que diz respeito à expressão das crenças, avaliações e ações (hipotéticas ou efetivas).", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }