@PHDTHESIS{ 2024:1285576936, title = {Ruínas do Pós-Antropoceno: Corpos, Urbes e Crítica nas representações Cyberpunk}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7487", abstract = "A presente proposta de pesquisa tem o objetivo de avaliar a forma como a literatura e as outras artes concebem o pós-antropoceno. Para isso, a pesquisa propõe averiguar, dentro dos limites e pressupostos da Literatura Comparada, a forma como o gênero Cyberpunk tem abarcado a sociedade do século XXI, com vistas, especificamente, à análise da construção das cidades dentro das obras, atrelada às configurações das personagens e ao processo de rechaço ao Outro. Nesse sentido, o gênero, tanto em representações fílmicas – tais como Blade Runner (1982), Akira (1988) e Blade Runner 2049 (2017) – quanto em representações literárias, exemplificadas por Androides sonham com ovelhas elétricas? (1968), tem representado aquilo de negativo que a sociedade pós-moderna capitalista pode trazer. Enquanto subgênero da ficção científica, o lema “high tech, low life” exemplifica a demanda dessas obras de arte em representar as dicotomias e os paradoxos de uma sociedade que visa à máxima concentração/aquisição tecnológica em detrimento de qualquer esperança ou oportunidade de vida àqueles sem capital. A própria construção ficcional da cidade, assim, age como modelo segregador pautado na máxima redução do indivíduo à peça descartável, enquanto esse sujeito, transmutado às personagens das obras em pauta, comumente sofre rechaço e é incompreendido enquanto Outro ou, até mesmo, pratica esse mesmo preconceito, exemplificado na figura típica do Cyberpunk: o androide. Este, por sua vez, representa a máxima potencialidade pós-moderna para os estudos a respeito de alteridade, uma vez que encapsula, dentro de seu próprio conceito e de sua própria raison d’étre, aquilo que define o problema da convivência mútua dentro das sociedades contemporâneas: respeitar e aceitar aquilo que não sou eu. Para que a pesquisa tome forma, utilizaramse os estudos de Jameson (1985), Debord (1997), Kristeva (1994), Amaral (2005), Lévinas (2005), Cândido (2006), Baudrillard (2011), Han (2017), Young (2019). Assim, objetiva-se fundamentar a compreensão de que o gênero cyberpunk, diferentemente do que já foi sugerido outrora, assumiu funções de presentificação da vida cotidiana e não mais apenas sugere futuros distópicos, sendo, portanto, elemento cultural fundamental às pesquisas sobre outremização e pluriculturalidade.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }