@PHDTHESIS{ 2024:407116934, title = {Exposição a agrotóxicos: investigação de alteração do desempenho físico e fadiga em trabalhadores rurais}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7485", abstract = "Na tentativa de elucidar os riscos que promovem desordens à saúde, a adoção de uma perspectiva mais abrangente que também considere o cenário ambiental é fundamental. Uma vasta literatura científica aponta a exposição aos agrotóxicos como causa da manifestação de doenças, porém os possíveis danos à função musculoesquelética permanecem pouco explorados. Estudos do Grupo de Pesquisa em Ecotoxicologia e Paisagem, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, apontam para um maior predomínio de autorrelatos de diminuição de força muscular e fadiga em indivíduos cronicamente expostos a agrotóxicos. Diante do exposto, o questionamento desta pesquisa consistiu em verificar se pessoas com exposição direta a agrotóxicos apresentam alteração no desempenho físico e no quadro de fadiga. O presente estudo trata-se de uma pesquisa quase-experimental de cunho transversal e metodológica que tem como objetivo comparar o desempenho físico e a fadiga em indivíduos com exposições direta e indireta a agrotóxicos. Na primeira etapa do estudo foi realizada uma amostragem por conveniência entre pessoas de um pequeno município agrícola que consentiram em participar. Foram aplicados critérios de inclusão e exclusão entre os participantes, mas foram considerados principalmente aqueles que não apresentaram restrições em executar qualquer um dos testes funcionais. Os indivíduos responderam a versão curta do Questionário Internacional de Atividade Física – IPAQ, e realizarão a coleta de sangue para avaliação da atividade da Colinesterase Plasmática (ChE). Em seguida passaram pelo protocolo de avaliação da bioimpedância, foram realizadas as medidas relativas ao Time Up and Go, Teste de sentar e levantar 5 vezes e força de preensão manual. Estas variáveis foram comparadas entre os grupos de homens com e sem exposição direta (HC x HS) e mulheres com e sem exposição direta (MC x MS). As variáveis qualitativas foram avaliadas por meio do Teste de Qui-quadrado para Independência, enquanto as quantitativas por meio do teste de Mann-Whitney-U. Foi ainda realizada uma avaliação integrativa por meio da Análise de Componentes Principais. A amostra foi composta por 80 indivíduos, HC (n= 30), HS (n= 14); MC (n= 17), MS (n = 19). Homens e mulheres expostos cronicamente a agrotóxicos apresentaram menor força de preensão manual em comparação aos expostos indiretamente (p < 0,05), sem diferenças nos testes TUG e Sentar-Levantar (p > 0,05). A avaliação integrativa mostrou semelhanças nos padrões de composição corporal entre os homens (p > 0,05), mas diferenças significativas no desempenho físico (p < 0,05), sem efeito significativo da variação plasmática da ChE (p > 0,05). Entre as mulheres, a avaliação integrativa demonstrou diferenças significativas na composição corporal e na função musculoesquelética (p < 0,05), sem efeito significativo da ChE plasmática (p > 0,05). O estudo incluiu duas etapas adicionais. A primeira etapa teve como objetivo desenvolver uma metodologia para avaliação da fatigabilidade em indivíduos com exposição direta a agrotóxicos. A terceira etapa envolveu a aplicação deste protocolo aos agricultores que praticam agricultura biológica e convencional. Os resultados indicaram que a exposição crônica a pesticidas pode afetar negativamente aspectos do desempenho físico e da fatigabilidade do desempenho sem causar alterações na ChE plasmática.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biociências e Saúde}, note = {Centro de Ciências Biológicas e da Saúde} }