@PHDTHESIS{ 2024:1635560323, title = {Relação dos biomarcadores pró-inflamatórios e neurotróficos no status cognitivo, percepção dolorosa e dano celular na fase subaguda pós-AVCi}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7484", abstract = "O acidente vascular cerebral é a segunda principal causa de óbitos no mundo entre as doenças crônico-degenerativas, com os sobreviventes podendo apresentar alterações somatossensoriais, cognitivas e executivas, além de espasticidade persistente e dor. A neuroinflamação decorrente da doença parece estar correlacionada com a formação de micronúcleos no sistema nervoso, estruturas comuns em cânceres, doenças neurodegenerativas e outras condições relacionadas ao envelhecimento, indicando instabilidade genômica e estresse celular. Por outro lado, biomoléculas como o fator de necrose tumoral alfa e o fator neurotrófico derivado do cérebro estão relacionados à doença em suas diversas fases. Além disso, fatores como obesidade, pressão arterial elevada e uso de polifarmácia influenciam o quadro geral do paciente e sua recuperação funcional. O objetivo deste estudo foi relacionar o acidente vascular isquêmico à instabilidade genômica, aos biomarcadores e aos aspectos neurocognitivos associados à dor, polifarmácia, pressão arterial e massa corporal. A metodologia incluiu a coleta de dados sociodemográficos, antropométricos, hemodinâmicos e biológicos. A amostra final foi composta por 56 indivíduos de ambos os sexos, divididos em dois grupos: um com 33 participantes acometidos pela doença na fase subaguda, com um intervalo médio de 43 dias desde o evento, e que não estavam em tratamento fisioterapêutico ambulatorial no momento da coleta; e um grupo controle de 23 indivíduos na mesma faixa etária. Os questionários do Miniexame do Estado Mental e de McGill para dor foram aplicados, e a escala modificada de Ashworth foi utilizada para aferir a espasticidade. O sangue coletado foi processado para a detecção das biomoléculas pelo método ELISA, e a contagem da frequência de micronúcleos por meio das técnicas de esfregaço e cultura. As variáveis quantitativas foram avaliadas pelos testes de Shapiro-Wilk e homocedasticidade. As que atenderam aos pressupostos foram comparadas pelo Teste-t, enquanto as demais foram comparadas entre os grupos pelo teste não paramétrico de MannWhitney-U, com nível de significância de 0,05. A análise de partição de variância foi aplicada, baseada em análise de redundância parcial, para testar o efeito de cada matriz de variáveis independentes, e os resultados foram interpretados em conjunto. Todas as análises foram realizadas utilizando o software R Core Team, 2021. Os resultados mostraram dados estatisticamente significativos em várias dimensões avaliadas entre os grupos da amostra, destacando-se o grupo com a patologia. Foram observadas a presença de micronúcleos em esfregaço (p-valor: 0,0003), cultura de micronúcleos (p-valor: 0,0133), pressão arterial sistólica elevada (p-valor: 0,0047), pressão arterial diastólica (p-valor: 0,0149), espasticidade (p-valor: < 0,0001), déficit cognitivo (p-valor: 0,0005) e polifarmácia (p-valor: < 0,0001). A partição de variância revelou que a multifatorialidade do AVC isquêmico impactou significativamente o status funcional dos pacientes em 73%. Observou-se uma relação entre o dano genético, as repercussões cognitivas e o quadro doloroso persistente, sugerindo que o AVC isquêmico compromete de maneira abrangente as dimensões funcionais, cognitivas e a qualidade de vida dos indivíduos afetados. Embora os dados apontem para essa associação, são necessárias investigações adicionais para determinar se outros fatores, além do dano genético per se, associados à idade avançada, contribuem para a magnitude desse efeito. Essa complexidade torna a questão multifatorial ainda mais desafiadora.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biociências e Saúde}, note = {Centro de Ciências Biológicas e da Saúde} }