@MASTERSTHESIS{ 2024:1883442949, title = {Produção e caracterização de quitinase fúngica: aplicações na biodegradação de resíduos de quitina da Indústria Pesqueira}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7467", abstract = "A quitina é um dos homopolissacarídeos mais abundantes na natureza, composto por unidades de N-acetil-glicosamina. Encontra-se presente em muitos organismos, principalmente em crustáceos, artrópodes e na parede celular de fungos e leveduras. É encontrada na natureza em três isoformas, α, β e γ e pode ser hidrolisada por quitinases (E.C 3.2.1.14), enzimas extracelulares produzidas por bactérias, fungos, vírus e plantas que quebram as ligações β-1,4 da estrutura da quitina. Estas enzimas são divididas em dois grandes grupos: endoquitinases e exoquitinases e apresentam aplicações em diversos setores biotecnológicos, como farmacêutico, alimentício, biomédico e no controle ambiental de pragas agrícolas como agentes inseticidas e bactericidas. A produção enzimática de quitinases por microrganismos oferece alternativas econômicas e eficientes aos processos industriais, possibilitando o desuso de agentes químicos convencionais. Neste sentido, este trabalho investigou a produção de quitinase extracelular pelo fungo Cunninghamella echinulata PA3S12MM, que até o momento ainda não havia sido descrita na literatura. O fungo foi cultivado em meio Czapeck líquido, suplementado com diferentes fontes de carbono a 28 °C sob condições de cultivo estacionárias por até 14 dias. A maior produção enzimática foi obtida no décimo dia de cultivo com escama de tilápia como fonte de carbono, apresentando 5,20 U mL -1 nas condições iniciais de cultivo. O pH e temperatura ótimos de atividade enzimática da enzima quitinase foram de 4,5 e 55 °C respectivamente. Quando as condições ideais da enzima foram associadas, houve um aumento de 220% na atividade enzimática, chegando a 22,76 U mL-1. O peso molecular da enzima foi estimado em 70kDa. A análise das imagens obtidas por microscopia eletrônica de varredura (MEV) indicaram que a degradação dos resíduos de quitina de casca de camarão e escama de tilápia in natura foram efetivos com 24 horas de tratamento enzimático, não sendo necessária a purificação da enzima para alteração da estrutura da quitina. Somados a isso, resultados obtidos a partir da análise dos produtos da hidrólise da casca do camarão in natura por cromatografia em camada delgada (CCD) indicaram que a quitinase de C. echinulata PA3S12MM se comporta como uma endoquitinase, com liberação de quitooligosacarideos como quitotriose (GlcNAc)3. Sendo assim, o fungo filamentoso C. echinulata PA3S12MM foi eficiente na produção de quitinase e na degradação de resíduos pesqueiros de casca de camarão e escama de tilápia, apresentando características bioquímicas satisfatórias para aplicações nos setores de gestão sustentável de resíduos industriais sem a necessidade de tratamentos químicos ácidos ou básicos onerosos ao meio ambiente.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas}, note = {Centro de Ciências Médicas e Farmacêuticas} }