@MASTERSTHESIS{ 2024:614925620, title = {Emergência climática: resposta a eventos extremos e adaptação para a gestão municipal}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7460", abstract = "O clima do planeta é influenciado por uma complexa interação de processos que moldam o sistema climático global e são objeto de intensa pesquisa científica. A ciência do clima, cujas raízes remontam ao século XIX, identifica o aquecimento global como um fator central das profundas alterações climáticas atuais, resultando em desequilíbrios até certo ponto irreversíveis. Destarte, nota-se que emerge um novo e urgente campo para as políticas públicas multisetoriais e multiníveis, que trata da adaptação à nova realidade climática a qual os sistemas socioecológicos estão expostos. Destaca-se a relevância de se pesquisar e discutir cenários de mitigação de riscos de desastres e de adaptação às mudanças climáticas na esfera municipal, dado que o campo da questão climática a nível local ainda é relativamente pouco estudado. Este estudo, dividido em dois artigos, busca relacionar as dificuldades encontradas por gestores públicos, e relatadas por pesquisadores, na implementação de uma agenda política local pelo clima, com os desafios enfrentados por um setor específico e fundamental neste cenário, a Defesa Civil. Assim, apresenta-se uma revisão sistemática de publicações que abordam políticas e iniciativas locais de resposta emergencial e adaptação às mudanças climáticas, conduzidas por gestões municipais no território brasileiro. A análise dos desafios relatados nestas experiências conduziu às seguintes categorias: problemas relacionados à i) arranjo institucional; ii) articulação do conhecimento; iii) capacidade técnica ou operacional; iv) credibilidade da gestão pública; v) cultura política; vi) histórico sociopolítico; vii) percepção e crenças sobre as MC; viii) incorporação da agenda das MC à pauta local; ix) integração entre instituições; x) integração dos interessados; xi) planejamento; xii) execução; xiii) recursos financeiros; xiv) recursos humanos. Na segunda parte, este trabalho analisou a capacidade institucional de Defesas Civis de municípios paranaenses para o enfrentamento de desastres. Foram coletados dados primários com coordenadores da Defesa Civil de dez municípios da mesorregião oeste paranaense. Os resultados apontam que os maiores desafios tratam-se da estrutura físico-financeira (falta de espaço e orçamento próprio); estruturação da carreira e falta de dedicação exclusiva das equipes; e dificuldades no trabalho preventivo com a população. Verificou-se que os municípios abordam a gestão de riscos de desastres de forma marginal em sua legislação, apesar de contarem com planos diretores e planos de contingência. Considerando o contexto climático atual, é urgente uma maior valorização da Defesa Civil local, dotando-a de capacidade e autonomia para um trabalho adequado de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação de desastres. Ainda, verificou-se que políticas nacionais de desenvolvimento, segurança alimentar, segurança hídrica, entre outras políticas transversais, são fundamentais para a execução de ações locais de adaptação e enfrentamento a eventos extremos.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural Sustentável}, note = {Centro de Ciências Agrárias} }