@MASTERSTHESIS{ 2023:498078719, title = {Dinâmica da cobertura vacinal da BCG, poliomielite e tríplice viral no estado do Paraná: análise espaço-temporal, 2006 a 2022}, year = {2023}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7459", abstract = "A vacinação desempenha um papel central na prevenção de doenças e na promoção da saúde pública. O cumprimento do Calendário Vacinal no Brasil tem sido uma referência para outros países, com estratégias eficazes e altos índices de sucesso desde a criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 1973. Apesar desse histórico, as metas de imunização enfrentaram obstáculos nos últimos anos, resultando em taxas de cobertura vacinal insatisfatórias, especialmente em crianças. Este trabalho teve como objetivo realizar a análise espaço-temporal da cobertura vacinal no estado do Paraná, com foco nas vacinas BCG, Poliomielite e Tríplice Viral entre os anos de 2006 a 2022. Para tanto, realizou-se um estudo epidemiológico retrospetivo, de abordagem ecológica, analisando a cobertura vacinal em 399 municípios do Paraná. Essa abordagem é fundamental para compreender as variações geográficas e temporais das coberturas vacinais, considerando a dinâmica da fronteira e a interação com países vizinhos. Os dados de cobertura vacinal foram coletados no DATASUS. A variável de análise foi a cobertura de vacinas aplicadas (BCG, Poliomielite e Tríplice Viral). Foram realizadas as seguintes análises: estatística descritiva (média, mediana, desvio padrão e teste de normalidade), comparação de médias (teste Mann-Whitney), análise espacial (teste de autocorrelação espacial Índice Global de Moran e teste Gi* para associação local), e análise de regressão temporal. No período de estudo, observou-se que a média da cobertura vacinal para os imunizantes variou entre 94,57% e 99,27%. No entanto, os 3 imunizantes apresentaram tendências de queda ao longo do estudo, com a Tríplice Viral mantendo uma regressão constante (APC = -1,0). Os anos de 2013 e 2014 marcaram o início de um declínio nas coberturas para Poliomielite e BCG, conforme indicado na regressão temporal por joinpoint. A análise espacial mostrou que a cobertura vacinal do imunizante BCG apresentou aumento no número de municípios que não atingiram a meta de 90%, com ênfase nas Regionais de Saúde de Cascavel e de Maringá. No entanto, no período de 2018 a 2022, a pandemia de COVID-19 pode ter afetado a cobertura vacinal. Em relação à Poliomielite, mais municípios não alcançaram a meta de 95% ao longo do tempo. A Tríplice Viral também enfrentou desafios, com a maioria dos municípios não atingindo a meta (95%) no último período (2018-2022). A dependência espacial foi avaliada com o Índice Global de Moran, mostrando uma fraca, mas consistente, dependência espacial para a cobertura do BCG e Poliomielite, enquanto a cobertura da Tríplice Viral mostrou uma notável dispersão espacial. A análise de autocorrelação espacial local identificou áreas específicas com clusters de altas (hostspots) e baixas (coldspots) taxas de cobertura para os três imunizantes. A análise das áreas fronteiriças revelou que a maioria dos municípios, tanto na faixa de fronteira quanto fora dela, não atingiu as metas de cobertura vacinal, apontando para desafios significativos em todo o estado do Paraná. Em suma, a cobertura vacinal no Paraná diminuiu ao longo do tempo, com desafios regionais persistentes. A análise espacial e temporal destacou inúmeras áreas com baixas coberturas e enfatizou a necessidade de estratégias direcionadas para melhorar a adesão à vacinação.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }