@MASTERSTHESIS{ 2024:1809012369, title = {O novo ensino médio na escola de educação básica João Roberto Moreira-São Domingos-SC: implicações da educação empreendedora na formação das juventudes}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7455", abstract = "Esta dissertação faz parte da Linha de Pesquisa Sociedade, Conhecimento e Educação, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Francisco Beltrão – PR, e investigou o Componente Curricular Eletivo (CCE) Educação Empreendedora, ofertado no Novo Ensino Médio (NEM) de SC, e as suas implicações para o processo formativo das juventudes. A análise dessa temática deu-se tendo em vista a inserção do empreendedorismo como eixo estruturante na contrarreforma do Ensino Médio instituída pela Lei nº13.415/2017 e no currículo catarinense, na parte flexível do currículo por meio do CCE Educação Empreendedora. Assim sendo, analisaram-se as percepções e as compreensões dos estudantes e professores da Escola de Educação Básica (EEB) João Roberto Moreira, localizada na cidade de São Domingos - SC. O método escolhido foi o Materialismo Histórico e Dialético, com uma abordagem de pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso, recorrendo-se análises bibliográfica e documental sobre a proposta do NEM-SC e a inserção do empreendedorismo no âmbito educacional como proposta do capital para a formação das juventudes da classe trabalhadora. Realizou-se também uma entrevista semiestruturada com o objetivo de identificar as implicações do CCE Educação Empreendedora para a formação das juventudes do NEM na EEB João Roberto Moreira. Como resultados, verificou-se que o empreendedorismo tem sido propagado em diferentes espaços como a solução para o desemprego estrutural. Nesse contexto, os discursos midiáticos em prol do empreendedorismo assumem papel fundamental na disseminação de uma cultura empreendedora. Esses posicionamentos se dirigem especialmente às juventudes. As contrarreformas educacionais têm grande influência das políticas neoliberais e de seus reformadores, os quais atuam com intenção na formação de subjetividades nas juventudes, consoantes aos interesses do capital. Ao analisar os documentos do NEM SC, observa-se que o empreendedorismo ao adentrar no currículo, provoca o esvaziamento das disciplinas da formação geral básica, reafirmando os velhos interesses do capital, que é continuar a exploração e a expropriação da classe trabalhadora, prejudicando a educação de quem mais precisa, as juventudes da classe trabalhadora (REIS, 2019), difundindo a ideia de que todos têm as mesmas condições para competir, que é mérito do esforço de cada um, assim, o seu sucesso ou o seu fracasso resultará do seu esforço e da sua dedicação individual (DARDOT; LAVAL, 2016). Conclui-se, portanto, que sustentando o discurso do “novo” Ensino Médio estão interesses antigos de favorecimento em prol do capital privado, por meio de parcerias público-privadas que buscam conduzir as juventudes da classe trabalhadora à conformação, precarizando a sua formação, atingindo ainda outro objetivo, o de fazer a contenção do acesso ao Ensino Superior. Diante desse cenário, o desafio que se coloca é a continuação dos estudos e reflexões para se pensar coletivamente estratégias que desmantelam os ditames do capital, na sua forma neoliberal sobre a escola e sobre a formação das juventudes. Concorda-se com Freitas (2018) quando menciona a necessidade da organização de formas de resistência às políticas de reformas neoliberais, a exemplo da contrarreforma do Ensino Médio. Caminha-se na luta pela revogação dessa contrarreforma, pela retirada das parcerias público-privadas da educação pública e por uma formação integral na perspectiva progressista.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Ciências Humanas} }