@PHDTHESIS{ 2024:1474440515, title = {Juventude e agroecologia no assentamento Celso Furtado em Quedas do Iguaçu – PR: resistências e contradições}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7433", abstract = "Os jovens do assentamento Celso Furtado, localizado no município de Quedas do Iguaçu, no estado do Paraná, reproduzem princípios e práticas agroecológicas. No entanto, essa reprodução se apresenta desigual e contraditória, uma vez que a agroecologia entre os jovens do assentamento apresenta avanços e fortes limitações. Os procedimentos metodológicos para elaboração desta pesquisa se constituíram no acesso e análise de um referencial bibliográfico, documental e dados de campo. A coleta de dados durou 20 dias, quando foi possível conviver com os jovens do assentamento, aplicando 40 questionários e realizando 20 entrevistas para elaborar um diário de campo, também foi entrevistado representantes de entidades públicas e privadas estaduais, regionais e municipais. Com os dados recolhidos em campo, os resultados foram analisados e discutidos a partir da fundamentação bibliográfica que trata sobre a juventude e a agroecologia, principalmente. Notou-se entre os jovens um processo de afastamento das lutas coletivas e do MST, o que desfavoreceu a agroecologia. Esse afastamento é resultado de ações de forças hegemônicas do agronegócio local, bem como do Estado, a partir da desestruturação das escolas do campo, introdução de projetos ligados ao agronegócio que motivaram o uso de agrotóxicos, falta de canais de comercialização e financiamento da produção, dentre outras questões. Essas ações se constituíram em obstáculos e limites para o desenvolvimento da agroecologia no assentamento Celso Furtado. No entanto, apesar das fortes limitações da prática agroecológica entre os jovens do assentamento, verifica-se um potencial de resistência da juventude às ações hegemônicas do agronegócio local. Motivados pelos saberes construídos no processo de formação e consolidação do assentamento, os jovens possuem uma “herança social” construída, principalmente, em sua trajetória de lutas no MST, o que favorece positivamente a resistência nos aspectos ambiental, social e econômico, em especial a agroecologia, na terra conquistada. Observou-se que apenas um jovem, dos 40 entrevistados, atua na agroecologia, o qual tem histórico ligado ao MST e não é visto como um exemplo positivo para os demais jovens, mas como alguém que sozinho está “lutando contra a maré”. Para a mudança do cenário de desânimo com a agroecologia entre os jovens do assentamento, é necessária uma forte ação estatal que favoreça a agroecologia por meio de políticas públicas, a exemplo de Ater pública em parceria com os movimentos sociais, como o MST, principalmente, universidades, associações, entidades, sindicatos, etc. Essa ação estatal se mostra necessária para que os jovens do assentamento possam compreender que a agroecologia se constitui num caminho positivo do ponto de vista ambiental, social e econômico.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural Sustentável}, note = {Centro de Ciências Agrárias} }