@PHDTHESIS{ 2024:1347716920, title = {Por uma (des)formação docente ampliada, transgressiva e indisciplinada: práticas pedagógicas subversivas decolonizando o IFPR de fronteira}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7431", abstract = "A realidade cultural e linguística de Foz do Iguaçu é algo muito peculiar, o multi/plurilinguismo permeia nosso cotidiano e constitui também nossas salas de aula. Para que posicionamentos aí assumidos sejam sensíveis as peculiaridades desse cenário, argumento nessa tese que a discussão de tais temas precisa figurar na formação docente inicial, independentemente da área de formação. Ocorre que, no currículo oficial do curso de formação de professores de Física, do Instituto Federal do Paraná (IFPR) - campus Foz do Iguaçu, não havia espaço para tais discussões. Para reverter esse quadro dei início ao desenvolvimento da intitulada (Des)formação docente ampliada, transgressiva e indisciplinada com o intuito de contribuir para uma formação decolonial, sensível e que, conforme Cavalcanti (2013), caracteriza-se como ampliada pois visa, entre outras coisas, ultrapassar “os conteúdos curriculares das disciplinas” (PIRES-SANTOS, 2022, p, 5), o que significa preparar os futuros docentes para posicionamentos para além daqueles diretamente relacionados a sua área de atuação e que serão demandados no exercício da sua profissão. Assim, o objetivo geral dessa tese foi: Analisar a relevância e as implicações políticas e pedagógicas derivadas de uma (des)formação docente ampliada, transgressivas e indisciplinadas voltadas para a sensibilização em torno da condição multilíngue e multicultural da fronteira e para a decolonização do IFPR - Campus de Foz do Iguaçu. O contexto plural da fronteira exige encaminhamentos que contribuam para a construção de um olhar que possibilite a visibilidade e o respeito necessários a todos os grupos que constituem esse cenário Dado a relevância de tais encaminhamentos, argumentei que eles não podem ficar restritos ao campo da intenção individual, mas, precisam configurar uma política linguística para o campus de fronteira, a qual evidenciando sua condição linguística, oriente o reconhecimento e a legitimação das práticas translíngues que o constituem. Argumentei que tal política contribuirá para que o campus Foz consolide uma formação docente culturalmente sensível, anti-hegemônica e decolonial, que promova uma educação, de fato, sentipensada, corazonada, significativa e relevante para a fronteira. Uma formação com tais prerrogativas, precisa estar sustentada em diretrizes curriculares que orientem a práxis pedagógica nesse sentido. No campus Foz, tais diretrizes foram ressignificadas e, nessa tese, argumento que a (des)formação docente, transgressivamente ofertada, foi preponderante para “sulear” esse processo. Essa conquista está materializada nas rupturas e nos deslocamentos hoje oficialmente registrados no PPC da Licenciatura em Física do campus Foz, bem como nas atitudes decoloniais e decolonizantes verificadas junto aos docentes (des)formados em meio a práxis subversiva desenvolvida. O trabalho inscreve-se em uma perspectiva decolonial e pretende fazer coro às vozes que vêm do sul. A abordagem teórico-metodológica é provenientes da perspectiva qualitativa interpretativista na sua vertente etnográfica (ERICKSON, 1989) e da Linguística Aplicada (LA) crítica, problematizadora e transgressiva (PENNYCOOK, 2001; 2006). A partir de tais perspectivas explicitei ainda que os impactos no que se refere aos deslocamentos e a desconstrução de uma perspectiva única de conhecimento no currículo, proporcionarão uma formação docente ampliada e sensibilizada para as peculiaridades da fronteira – um marco inovador na história do curso e do campus, o primeiro passo “suleado” por uma perspectiva decolonial.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Cultura e Fronteiras}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }