@PHDTHESIS{ 2024:1736006313, title = {Ensaios estatísticos sobre a agricultura orgânica no Sul do Brasil}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7416", abstract = "Este estudo explora a agricultura orgânica no Sul do Brasil, utilizando dados do Censo Agropecuário do IBGE e do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos (CNPO). O estudo se aprofunda em abordagens descritivas e espaciais para entender as dinâmicas e desafios enfrentados pelos produtores orgânicos nesta região, com foco no período de 2017. No primeiro artigo, foi feita uma análise dos determinantes socioeconômicos e espaciais da agricultura orgânica no Sul do Brasil, com objetivo de investigar as características determinantes para a alocação espacial de propriedades autodeclaradas como produtoras de orgânicos no Sul do Brasil, utilizando o método de Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE) e com base nos dados dos Censos Agropecuários do IBGE, visando identificar padrões de distribuição geográfica de propriedades orgânicas. Foram identificados clusters "Baixo-Baixo" em grande parte do Rio Grande do Sul, exceto na região litorânea onde se observou um cluster "AltoAlto". Variáveis como a proporção de estabelecimentos com produtores orgânicos, orientação técnica, uso de agrotóxicos, máquinas e financiamento mostraram significância estatística, demonstrando que as mesmas possuem efeito na alocação espacial dos produtores autodeclarados orgânicos segundo o Censo IBGE de 2017. No segundo artigo, foram estudados os determinantes socioeconômicos e espaciais da presença de agricultura orgânica, objetivando complementar as investigações do artigo 1, focando na distribuição espacial dos produtores orgânicos. Este artigo expande a análise do artigo 1, para isso, foi utilizado o modelo de Regressão Geograficamente Ponderada (RGP), do inglês, Geographically Weighted Regression (GWR), uma abordagem inovadora nas pesquisas referentes a agricultura orgânica e que permite uma análise detalhada das variações locais de variáveis específicas, aplicada a dados do Censo Agropecuário de 2017 e do CNPO. Este modelo é especialmente útil por capturar a complexidade e a variabilidade espacial da adoção da agricultura orgânica, destacando a importância de considerar as especificidades locais nas políticas públicas e no desenvolvimento agrícola localmente. Os resultados revelaram uma significativa variabilidade geográfica nas taxas de adoção da agricultura orgânica, destacando a existência de uma distribuição desigual de produtores orgânicos e certificados ao longo da região Sul. Diferenças marcantes entre municípios foram observadas, com alguns apresentando altas proporções de estabelecimentos autodeclarados e certificados orgânicos, enquanto outros mostraram uma adesão mínima a estas práticas. Fatores locais, incluindo aspectos socioeconômicos, educacionais e de infraestrutura, desempenharam papéis cruciais na determinação da distribuição espacial da agricultura orgânica. Concluiu-se que a GWR é uma ferramenta valiosa para capturar a complexidade e a variabilidade espacial na adoção da agricultura orgânica, reforçando a necessidade de abordagens políticas e de desenvolvimento agrícola que considerem as especificidades locais. No terceiro artigo foi realizado um panorama descritivo e quantitativo da certificação de produtores orgânicos no Paraná utilizando os dados do CNPO de 2016 até 2023. Utilizou-se uma abordagem quantitativa e descritiva utilizando estes dados do CNPO, com técnicas estatísticas e de georreferenciamento para mapear a evolução das certificações orgânicas. Os resultados demonstraram um incremento expressivo nas certificações, com variações notáveis entre municípios, indicando um fortalecimento das práticas de agricultura sustentável. A investigação concentrou-se em duas áreas principais: identificar os municípios com o maior crescimento na emissão de certificados ao longo do tempo e aqueles que consistentemente mantiveram um número elevado de certificados, demonstrando uma força constante no setor. Exemplos notáveis foram os municípios de Tijucas do Sul, que registrou um aumento expressivo de 194 certificados de 2016 a 2023, assim como, Curitiba e Lapa que quase sempre se mantiveram acima de 200 certificados. Os resultados também destacaram variações sazonais na emissão de certificados, com alguns meses apresentando picos significativos, possivelmente relacionados a períodos específicos ou estratégicos para a obtenção de certificações por parte dos produtores. Isso indica a complexidade e os desafios enfrentados pelo setor, incluindo questões regulatórias e variações no mercado. Os resultados desta tese evidenciam a complexidade e a variabilidade espacial na adoção da agricultura orgânica no Sul do Brasil, sublinhando a importância de abordagens políticas e de desenvolvimento agrícola que levem em consideração as especificidades locais. As políticas públicas são fundamentais para promover e sustentar as práticas orgânicas, enquanto fatores socioeconômicos e infraestruturais locais influenciam a distribuição espacial dos produtores. Este estudo, ao mapear o crescimento do setor, fornece informações para a formulação de estratégias de apoio à agricultura orgânica, assim como, mostra as dificuldades quanto a questão dos dados, ao ter analisado bases de dados diferentes e que destoam naquilo que fornecem.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural Sustentável}, note = {Centro de Ciências Agrárias} }