@PHDTHESIS{ 2024:389651296, title = {As territorialidades das mulheres na agroecologia e a construção da certificação participativa na Rede Ecovid}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7399", abstract = "As transformações processadas em âmbito da agricultura familiar e camponesa nos últimos anos têm despertado a necessidade de estudos sobre suas novas facetas e sobre as dinâmicas territoriais atuais dessas formas de produzir e organizar-se socialmente no campo. No contexto da agricultura familiar, um dos segmentos que vem se destacando é a Agroecologia por ser considerada uma proposta de desenvolvimento territorial com potencialidades de inclusão, de geração de renda e de permanência ou desterritorialização das pessoas no campo. Por propiciar visibilidade ao trabalho feminino, a Agroecologia também favorece relações de gênero mais equilibradas e rearranjos nas dinâmicas sociais e de produção da agricultura familiar. O objetivo desse trabalho foi analisar como e em quais circunstâncias as territorialidades vinculadas à Agroecologia potencializam o protagonismo das mulheres, considerando suas inserções nas distintas dinâmicas espaciais, produtivas e organizativas da Rede Ecovida de Agroecologia. A metodologia utilizada baseou-se em pesquisa qualitativa, realizada por meio da análise bibliográfica e da coleta de informações primárias e secundárias, consulta de arquivos e documentos da Rede Ecovida, entrevistas com roteiro semiestruturado e também a pesquisa-ação participante. A certificação participativa possibilita o protagonismo por parte das mulheres, fortalecendo assim as suas territorialidades a partir das várias escalas do agir territorial, elas constroem seus modos concretos de existência, fundamentados nas formas e condições com que projetam espacialmente suas relações de poder. Tratamos de uma metodologia de certificação que possui um potencial para incluir as mulheres, em outros sistemas de certificação por auditoria o foco ocorre apenas na conformidade orgânica dos processos de produção. Como apreendido, mesmo a agricultura agroecológica tendo permitido uma abertura para um debate para além das questões produtivas, tem havido a necessidade da luta das mulheres para construir os seus espaços dentro da Agroecologia, ou seja, não é automático e imediato a adesão desses distintos preceitos: economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente equilibrado. Com isso ressaltamos o nosso entendimento de que a transição agroecológica precisa ser multidimensional, não apenas econômica ou ambiental, mas também política e cultural.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Geografia}, note = {Centro de Ciências Humanas} }