@MASTERSTHESIS{ 2024:25910981, title = {Investigação do óbito materno nas notificações do Near Miss Materno do Estado do Paraná}, year = {2024}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/7384", abstract = "A mortalidade materna representa uma grave questão de saúde pública global. É definida como o óbito de uma mulher durante a gestação, parto ou até 42 dias após o término da gravidez. Reduzir a mortalidade materna global para menos de 70 óbitos por 100.000 nascidos vivos até 2030 é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). No entanto, a pandemia do Covid-19 teve um impacto negativo significativo, aumentando as taxas de mortalidade materna em muitos países, incluindo o Brasil, onde a Covid-19 foi responsável por uma parcela substancial de mortes em gestantes e puérperas. A mortalidade materna reflete desigualdades socioeconômicas e acesso desigual aos cuidados de saúde materna. Diante disso, a Organização Mundial da Saúde desenvolveu o termo Near Miss Materno, que é definido como um caso em que uma mulher quase morreu, mas sobreviveu a uma complicação durante a gravidez, parto ou puerpério. Diante disso o objetivo do estudo foi verificar as características das mulheres notificadas pelo sistema de monitoramento do Near Miss Materno no Estado do Paraná, identificando quais características aumentam a chance do óbito. Trata-se de uma pesquisa quantitativa de caráter transversal realizada com dados do Sistema de notificação e monitoramento do Near Miss Materno da Secretaria de Estado da Saúde e de notificações do Sistema de Informação Sobre Mortalidade, no período de janeiro a dezembro de 2021. A amostra foi composta por 938 gestantes notificadas no NMM, que foram confrontadas com Sistema de Informação Sobre Mortalidade e verificou se que 7,78% tiveram óbito como desfecho, devido ao agravamento das complicações do NMM. Das mulheres que evoluíram para o óbito 61,9% eram brancas. A média da idade era de 28,67 (DP 6,31) anos. Com relação a condição de saúde, 38,1% não possuíam condições clínicas preexistentes. A semana gestacional no momento da notificação era de 33,06 em média (DP 6,08) e 42,9% das mulheres foram classificadas como alto risco gestacional. Na análise dos critérios clínicos, os diagnósticos de choque séptico e SRAG ou Covid-19 tiveram 4,04 (IC 1,60 a 10,24. Valor de p: 0,17) e 10,07 (IC 4,96 a 20,47. Valor de p: <0,001) vezes mais chance de evoluir para o óbito, quando comparada com as outras variáveis. Ao comparar o grupo de mulheres que sobreviveram ao NMM com o grupo de mulheres que morreram, houve diferença estatisticamente significativa, para número de filhos, diagnóstico de doenças hemorrágicas, doenças hipertensivas, SRAG ou Covid-19. Conclui-se que as principais causas de Morte Materna foram associadas a complicações obstétricas diretas e indiretas, que não foram prevenidas, controladas ou evitadas. Os agravamentos do NMM podem ter ocorrido devido a interação com a Covid-19 ou decorrente de complicações na gravidez, parto ou puerpério, que podem ter sido agravadas, pela falta de leitos, redução do período de internamento na UTI, ou altas para enfermarias de pacientes ainda não totalmente livres de risco, devido a pandemia de Covid-19, prejudicando o atendimento às gestantes e puérperas. Com relação a investigação dos óbitos maternos no Paraná esse estudo evidencia a necessidade de melhorias nos serviços de saúde materna e maior precisão nas informações registradas no sistema de notificações do estado.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde}, note = {Centro de Ciências da Saúde} }